A coordenadora do Movimento Grito da Seca do RN, a Médica Veterinária Joana D’Arc Pires, participou da última reunião de Comitê de Combate à Seca, na última segunda-feira (27), com as Secretarias de Agricultura e de Recursos Hídricos do RN, além da EMATER e da EMPARN e a presença da Governadora Rosalba Ciarlini.
O meteorologista Gilmar Bristot apresentou as previsões da quadra chuvosa para este ano que, segundo ele, são melhores se comparadas ao mesmo período do ano passado. No entanto, ainda não há boas perspectivas diante da situação dos grandes reservatórios localizados no semiárido do RN, pois estão muito abaixo da capacidade de armazenamento.
Durante a reunião, Joana D’Arc fez uma explanação sobre o que tem verificado nas suas andanças pelo Seridó e afirmou que as ações para acudir a região, que tem sido severamente assolada pela maior estiagem dos últimos cinquenta anos, são insuficientes frente à gravidade dessa catástrofe.
A água que chega às torneiras ou através dos carros pipas não serve para fazer um café, cozinhar e beber... Quem pode, tem que comprar “água de Natal” apreço de ouro. Enquanto isso, os poços que foram perfurados pelo Governo do RN desde o ano passado, ainda não foram instalados. Além disso, em outras cidades como Currais Novos não foram sequer perfurados e a Secretária de Recursos Hídricos justifica tal descaso alegando a realização de revisão da máquina perfuratriz e a falta de diárias para os servidores... Será possível?
“E se não chover o suficiente para regularizar o abastecimento, Governadora? Estamos na UTI!”, disse Joana D’Arc, que também relatou a existência de poços que foram perfurados em anos anteriores, no Açude de Gargalheiras, em Acari, com vazão de 30.000 litros/hora, mas infelizmente ainda não foram instalados. Como se não bastasse, a torta (ração) que deveria ser fornecida pelo Governo Estadual no mês de janeiro, até agora não chegou à região para amenizar a fome dos animais... As barragens submersas, importantíssimas para acumular as águas das chuvas, não saíram do papel!
“É preciso insistir, persistir e não desistir de buscar as ações que possam de maneira eficaz, minimizar os efeitos dessa terrível seca, bem como garantir a convivência com esse fenômeno secular. Continuarei lutando!” Concluiu Joana.
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