Policiais civis da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos (Defur) prenderam nesta segunda-feira (12) quatro integrantes de uma quadrilha de assaltantes. No domingo, o bando rendeu dois vigilantes da Ceasa e invadiu uma empresa que comercializa hortifrutigranjeiros, roubando dois cofres com dinheiro e cheques. Um dos bandidos trabalhava fazendo “bicos” na Ceasa. Outro é fugitivo da Penitenciária de Alcaçuz. Foram apreendidos cerca de R$ 200 mil em espécie, quatro revólveres calibre 38 e munições.

A titular da Defur, Sheila Freitas, explicou que a equipe de investigação teve acesso as imagens do circuito interno do estabelecimento. Nela aparecem três bandidos, sendo um deles com capuz e manco de uma perna. A polícia identificou os assaltantes e, pela manhã, começou as diligências para localizá-los. Ricardo César Dias Teixeira, o “Irmão”, foi o primeiro a ser detido. Ele trabalha fazendo bicos na Ceasa e, segundo os investigadores, foi o mentor intelectual do assalto. “Irmão” tem passagem por tráfico e posse de arma. “Como era conhecido, ele usou o capuz para abordar os vigilantes”, disse o chefe de investigações, Marcos Castro.
(Foto: Ricardo César Dias Teixeira - "Irmão")
Ao ser detido, “Irmão” confessou que cinco homens participaram do roubo. Por volta da meia noite, o bando rendeu os dois vigilantes da Ceasa. As vítimas não portavam armas. Elas foram amarradas e obrigadas a entregar as fardas aos bandidos. “Irmão” e os assaltantes Marcelo Salustiano, Aldeci Virgílio da Silva e Bruno Pamplona de Oliveira Menezes, 25 anos, que é fugitivo de Alcaçuz, arrombaram a empresa. Lá, eles reviraram as gavetas atrás de dinheiro e localizaram dois cofres pesadíssimos. Aldeci Virgílio tem passagem pelo 14º Distrito, em Felipe Camarão, por homicídio ocorrido em 2007. As quatro armas estavam na casa de Marcelo Salustino.
(Foto: Marcelo Salustiano)
Os cofres foram colocados em cima da caçamba de uma Pampa pertencente às vítimas e, em seguida, os bandidos fugiram. O carro foi abandonado em Parnamirim totalmente queimado e o dinheiro rateado entre os marginais. Em depoimento aos policiais da Defur, Bruno Pamplona contou que ficou com cerca de R$ 90 mil. Ele escondeu o dinheiro na casa dele e nos pais. A polícia recuperou com ele R$ 49.100,00. “O resto ele disse que gastou. Parte do dinheiro roubado das vítimas era proveniente da venda de um caminhão”, contou a delegada.
(Foto: Bruno Pampluna de Oliveira Menezes)
Os quatro presos foram autuados em flagrante delito nos crimes de roubo qualificado, formação de quadrilha, porte ilegal de armas e dano – pelo fato deles terem ateado fogo no veículo das vítimas. A polícia acredita que a partir da prisão da quadrilha outros crimes poderão ser esclarecidos. O montante roubado da empresa não foi contabilizado, mas as vítimas contaram que o dinheiro tinha sido proveniente da venda de um caminhão.
(Foto: Aldeci Virgílio da Silva)