Onze capitais brasileira registraram confrontos durante protestos neste sábado, feriado de 7 de Setembro, Dia da Independência. Os protestos tomaram os desfiles cívicos em 24 capitais e pelo menos 40 cidades. Ao menos 525 pessoas, incluindo adolescentes, foram detidas, e 18 ficaram feridas.
Neste sábado, os protestos reuniram cerca de 17 mil pessoas. No dia 20 de junho, auge das manifestações, mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas em todo o país.
Os protestos do 7 de Setembro são organizados há quase duas décadas pelo Grito dos Excluídos, sindicatos e movimentos sociais em defesa da justiça social. Neste ano, porém, vários grupos convocaram protestos pela internet com demandas como o fim da corrupção e contra a realização da Copa do Mundo e da Olimpíada no Brasil.
Decisões judiciais que proibiram o uso de máscaras e gorros em manifestações populares também foram alvo das manifestações, que contaram com a presença dos Black Blocs, grupo de encapuzados cuja estratégia de manifestação se autodenomina anarquista e que, nas redes sociais, prega a desobediência civil.
Apesar de desfiles cívicos terem ocorrido de forma pacífica na maior parte do país, houve confrontos em Salvador, Fortaleza, Brasília, Vitória, Belo Horizonte, Belém, Recife, Rio de Janeiro, Natal, Porto Alegre e São Paulo.
Manifestantes, parte deles encapuzados, depredaram prédios, ônibus, queimaram bandeiras e apedrejaram policiais. A polícia também usou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. Em alguns locais, como Porto Alegre e Recife, moradores afirmaram ter visto policiais sem identificação.