O candidato do Solidariedade à Prefeitura do Natal, Kelps Lima, disse
 nesta terça-feira 8 que o prefeito Álvaro Dias, que atualmente lidera 
as pesquisas de intenção de voto para o Executivo, “vai derreter” quando
 a cidade descobrir o envolvimento dele em casos de nepotismo na 
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.  
 
“Eu não acredito que Natal vá eleger um prefeito que fez nomeações de
 todos os seus parentes, nomeações ilegais, quando foi presidente da 
Assembleia Legislativa. É o cara que mais faz nepotismo na história do 
Rio Grande do Norte. Natal não conhece Álvaro”, afirmou Kelps, em 
entrevista à 96 FM.
 
 
Na avaliação do candidato do Solidariedade, Álvaro Dias tem tido bom 
desempenho nas pesquisas de intenção de voto por causa das ações da 
prefeitura no combate à pandemia do novo coronavírus, e não por 
reconhecimento da população de seu histórico político. “Natal viu Álvaro
 na pandemia. Todos os prefeitos do Brasil cresceram e qualquer um 
cresceria”, enfatizou.
 
 
Kelps ressaltou que Álvaro Dias faz parte do mesmo grupo político que
 controlou a Prefeitura do Natal durante quatro mandatos e que, segundo 
ele, não desenvolveu a cidade em nenhuma área. “A cidade não é 
referência em nenhum índice nacional de gestão, educação ou saúde. 
Álvaro será derretido na eleição quando for apresentado a Natal”, 
acrescentou.
 
 
Reportagens  mostrarm que pelo menos 10 parentes de Álvaro Dias são investigados por
 terem sido nomeados entre os anos de 1990 e 2002 para cargos efetivos 
da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte sem ter prestado 
concurso público previamente. O Ministério Público Estadual (MPRN) 
denunciou a irregularidade em 2008.
 
 
Além desses 10, outros 183 servidores respondem como réus na mesma 
investigação. O caso, que está distribuído em 21 processos distintos, 
ficou conhecido como “Trem da Alegria”. De acordo com o MPRN, além de 
não terem prestado concurso, esses servidores tinham deputados estaduais
 como padrinhos políticos ou relação com alguma pessoa influente. Em 
algumas circunstâncias, os funcionários admitidos sequer preenchiam 
requisitos técnicos – casos de assessores jurídicos sem formação em 
direito que foram nomeados.
 
 
Fonte: Agora RN.