A juíza Joana
Ribeiro Zimmer, autora da decisão que negou a interrupção da gravidez da menina
de 11 anos, vítima de estupro, é servidora do Tribunal de Justiça de Santa
Catarina (TJSC) desde 2004 e afirma que não é contra o aborto.
Nesta semana, a
escolha da magistrada de manter a criança em um abrigo para impedir que ela
fizesse um aborto autorizado repercutiu nacionalmente. "Mas, isso não quer
dizer que eu sou contra o aborto, só que o aborto passou do prazo" ,
explicou.
A vítima de
violência sexual descobriu estar grávida com 22 semanas e dois dias de
gestação, quando deu entrada em um hospital de Florianópolis. Na unidade, ela
teve o procedimento para interromper a gestação negado.
Zimmer
participa da Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (Ceij), do TJSC,
e é membro do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos Jurídicos e Sociais da
Criança e do Adolescente (Nejusca).
Há 18 anos,
ela atua na área da Infância e Juventude e já passou por comarcas de Navegantes
e Itajaí.
Quando
emitiu a decisão polêmica, Joana estava lotada em Tijucas. Na terça-feira (21),
a magistrada informou que foi transferida para Brusque, no Vale do Itajaí, por
uma promoção "por merecimento". O convite, segundo ela, foi feito
antes da repercussão do caso.
O TJSC
informou na segunda-feira (20) que a Corregedoria-Geral da Justiça está
investigando a conduta da juíza Joana Ribeiro Zimmer no processo.
Em audiência
no dia 9 de maio, Justiça e Promotoria propuseram manter a gestação por mais
“uma ou duas semanas”, para aumentar a sobrevida do feto. “Você suportaria
ficar mais um pouquinho?”, perguntou a juíza para a menina.
Fonte: G1/SC.