O pavilhão 01, considerado mais problemático da penitenciária estadual de Alcaçuz, passou por uma grande revista, na manhã desta sexta-feira (27), e os agentes e policiais militares conseguiram apreender uma grande quantidade de celulares, facas artesanais, drogas e até mesmo uísque. O pente-fino começou por volta das 7h30 e terminou por volta das 11h30. O diretor do presídio, tenente-coronel Zacarias Figueiredo de Mendonça Neto, explicou que esse procedimento faz parte de um processo de controle interno. O diretor assumiu a unidade nesta semana, após ser nomeado para o lugar do major Marcos Lisboa, exonerado depois que 41 detentos fugiram pelo Pavilhão 5, na noite de 19 deste mês.
Com isso, ele solicitou apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que enviou dezenas de homens para Alcaçuz, na manhã de sexta-feira. Eles auxiliaram aos agentes penitenciários na revista dentro das celas. Todos os 218 presos que estão no Pavilhão 1 foram retirados para a quadras e colocados sentados um ao lado do outro, todos sem roupas.
Enquanto isso, os agentes revistaram cada uma das 40 celas que existem naquele setor da maior penitenciária estadual do Rio Grande do Norte. O resultado do pente-fino foi o já esperado pela direção do presídio. Até o fim da manhã, os agentes retiraram 20 CELULARES E mais de 20 TROUXINHAS DE MACONHA com tamanhos variados. Além disso, foram encontradas 9 FACAS ARTESANAIS, feitas pelos presos com pedaços de ferros ou até mesmo com laminas de facas industriais. Também foram apreendidos dezenas de CHIPS de telefonia móvel, bem como CARREGADORES. outro detalhe que chamou atenção do coronel Mendonça foi a apreensão de BEBIDA ALCOÓLICA.
Outro objeto que chamou atenção foi um PEN-DRIVE. Ele foi apreendido e será analisado pela polícia para que possa se descobrir seu conteúdo. No entanto, os agentes desconfiam que o PEN-DRIVE estava sendo usado para que os presos pudessem ouvir músicas em pequenas caixas de som com entrada para o dispositivo.
A revista resultou ainda na apreensão de vários cadernos com anotações, como, por exemplo, controle de valores e preços de drogas que seriam comercializados dentro da própria unidade. Além disso, as agendas contêm diversos telefones tanto de presos quanto de pessoas que estariam fora da penitenciária. Em relação à punição para os detentos responsáveis pelos celulares e drogas encontradas, o diretor disse que todo o material será analisado para que esses presos possam ser identificados. A princípio, a divisão do material encontrado foi feita apenas por celas, a partir daí, é que poderá se identificar o dono de cada material.
Fonte e fotos: Portal BO.