6 de dezembro de 2024

INFLUENCIADORA E EX-BAILARINA NATACHA HORANA VIRA RÉ EM PROCESSO SOBRE LAVAGEM DE DINHEIRO DO PCC

A influenciadora e ex-bailarina Natacha Horana Silva, de 33 anos, que foi presa em novembro em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, se tornou ré na Justiça por suspeita de envolvimento com um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC).

 

A informação foi divulgada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, responsável pela denúncia. Outras 17 pessoas também se tornaram rés na ação, dentro das investigações da operação Argento, deflagrada no dia 14 de novembro em quatro estados. Na ocasião, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 2,2 bilhões em bens de investigados.

  

O advogado Daniel Bialski, que representa Natacha Horana, disse em nota que a cliente não teve o Habeas Corpus (HC) negado, informação que chegou a circular. Segundo o advogado, "o Ministro entendeu e escreveu que deveria se aguardar o julgamento que ainda está pendente perante a Corte Estadual. Por isso, não admitiu o HC e grifou que, caso a ilegalidade não seja reconhecida naquela instância, novo pedido poderia ser apresentado".

 

Natacha soma milhares de seguidores e curtidas nas redes sociais e é conhecida por ter integrado o balé do Domingão do Faustão entre 2015 e 2022.

 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, no dia da prisão da influenciadora, também foram apreendidos quatro celulares, um notebook, duas câmeras fotográficas, dois relógios, um colar, um HD externo, diversos documentos, um carro de luxo e R$ 119.650 em dinheiro.

 

Segundo o Ministério Público do RN, a modelo integrava um grupo de familiares e pessoas próximas a Valdeci Alves dos Santos, que é um potiguar apontado como um dos chefes do PCC. O grupo seria responsável por movimentar valores por meio de contas bancárias de terceiros e recrutar outros indivíduos para realizar a lavagem de dinheiro.

 

Ainda de acordo com o MP, o esquema criminoso investigado utilizava estratégias sofisticadas para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas, como criação de empresas de fachada, compra e venda de imóveis de luxo, operações financeiras em postos de combustíveis e até aquisição de cavalos de raça. 

 

BOLSONARO CRITICA DIRETOR DA PF POR RELATIVIZAR IMUNIDADE: ‘ERA SÓ O QUE FALTAVA’

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro manifestou na manhã desta quinta-feira (5) em seu perfil no X, antigo Twitter, insatisfação com as falas do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, sobre imunidade parlamentar. “Era só o que me faltava”, comentou Bolsonaro.

 

As trocas de farpas começaram quando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou o indiciamento por calúnia e difamação os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) por criticarem o delegado Fábio Shor, responsável pela condução dos inquéritos do ex-presidente.

 

Em coletiva na quarta-feira (4), Andrei Rodrigues, rebateu Lira e disse que não há imunidade absoluta para cometer crimes.

 

Bolsonaro foi às redes sociais e criticou o diretor-geral, prestou solidariedade ao presidente da Câmara, aos deputados indiciados e o seu filho Eduardo Bolsonaro.

 

“Um subordinado do Executivo está desrespeitando o presidente da Câmara, ignorando a separação de poderes, se intrometendo em questões internas ao Legislativo e afrontando diretamente um dos direitos mais sagrados da democracia: a palavra livre dos representantes do povo. Minha solidariedade ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e aos deputados Eduardo Bolsonaro, Marcel Van Hattem e Cabo Gilberto”. Completou Bolsonaro.