22 de outubro de 2025

EX-GOVERNADORA DO RN ROSALBA CIARLINI É CONDENADA POR IMPROBIDADE NA CONSTRUÇÃO DO HOSPITAL DA MULHER

A Justiça do Rio Grande do Norte condenou a ex-governadora Rosalba Ciarlini por improbidade administrativa no caso da construção do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró, no Oeste potiguar.

 

A decisão também abrange outras 13 pessoas e oito entidades privadas, de acordo com sentença da 3ª Vara da Fazenda Pública de Natal.

 

A ação proposta pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) apontou uma série de irregularidades na execução do projeto do hospital, incluindo fraudes em licitações, direcionamento contratual, falta de prestação adequada dos serviços e desvio de recursos públicos.

 

Em nota, a defesa de Rosalba Ciarlini informou que vai recorrer da decisão e afirmou que, desde o início do processo, ficou demonstrado que a ex-governadora “não participou da gestão do Hospital da Mulher, nem manuseou verbas, inexistindo provas de dolo”.

 

O juiz entendeu que as provas reunidas no processo indicam que Rosalba encabeçou a dispensa de licitação para a construção do hospital, o que teria desencadeado as demais irregularidades. 

 

O magistrado também destacou que a então governadora autorizou a liberação de cerca de R$ 23 milhões às empresas envolvidas sem que houvesse comprovação da execução dos serviços. 

 

Com a condenação, Rosalba Ciarlini teve os direitos políticos suspensos por dez anos e foi condenada a devolver R$ 19 milhões aos cofres públicos, solidariamente com os demais réus.

 

 

 

 

DUPLA CRIOU 4 ENTIDADES QUE LEVARAM R$714 MILHÕES DOS APOSENTADOS

O advogado Daniel Fireano e o contador Mauro Concilio Palombo foram responsáveis por criar quatro “entidades” sindicais, que, juntas, tiraram R$714 milhões dos aposentados, segundo levantamento da Controladoria Geral da União (CGU) citado por Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPMI que caça ladrões de aposentados. Mas a dupla Fireano-Palombo deixou rastros: cometeu o mesmo erro de digitação nos quatro estatutos: em vez da palavra “efetivo”, escreveram “efeito”.

 

Para tirar R$714 milhões dos aposentados, as quatro entidades fizeram 14,5 milhões de descontos fraudulentos, sem autorização dos pagantes.

 

A entidade batizada cinicamente de “Amar Brasil” tirou R$324,6 milhões dos aposentados. Seu dono, de 35 anos, foi “depor” blindado pelo STF.

 

Uma “Master Prev” levou R$231,7 milhões por meio de 4,5 milhões de descontos. Os donos de outra, “Anddap”, embolsaram R$94,4 milhões.

 

A dupla Fireano-Palombo foi a responsável também pela criação de uma Aasap, que tomou dos velhinhos cerca de R$63,2 milhões.