O juiz Márcio Silva Maia, da Comarca de Pedro Velho, condenou cinco pessoas que foram acusadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte de praticarem roubos em caixas eletrônicos mediante uso de material explosivo e armas de fogo em várias cidades do interior do Estado, entre o ano de 2015 e início de 2016. As penas variam de dois a 18 anos de reclusão em regime fechado e mais pagamento de multa. O magistrado absolveu outros dois acusados por reconhecer não existir prova suficiente para a condenação.
De acordo com os autos, durante o ano de 2015 e primeiros meses de 2016, em meses seguidos e de forma reiterada, todos os acusados se associaram de forma permanente e com o fim de praticar no Estado do Rio Grande do Norte, seguidamente, crimes contra o patrimônio, consistentes em furtos e roubos com o uso de material explosivo e armas de fogo longas e de grande potencial lesivo, tendo como alvos terminais de autoatendimento de caixas eletrônicos de bancos em várias cidades do interior, roubos de carros, dentre outros delitos.
Entretanto, a associação criminosa passou a ser monitorada através da denominada “Operação Rainha da Borborema” por meio de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente pelo juízo daquela Comarca, sob a suspeita de que alguns de seus integrantes haviam participado de roubos dos terminais bancários do Bradesco e Banco do Brasil em Pedro Velho, mediante uso de armas de fogo e explosivos, fatos ocorridos na madrugada de 30 de outubro de 2015 naquela cidade, e que geraram a abertura de inquérito policial.
Conta ainda no processo que, com a deflagração da “Operação Explosion” pela Delegacia Especializada em Investigação e Combate ao Crime organizado (DEICOR) na cidade de Natal, foi cumprido mandado de busca e apreensão em desfavor do acusado conhecido por “Baixinho” no dia 29 de outubro de 2015 (um dia antes dos fatos ocorridos em Pedro Velho). Na oportunidade, foram apreendidos diversos objetos relativos a explosões de caixa eletrônicos como explosivos, armas e munições, além da prisão de outros suspeitos. Além do mais, a partir de informações com colaboradores, devidamente checadas, chegou-se aos terminais telefônicos inicialmente monitorados, relativos aos integrantes da associação denunciada na justiça.
Ainda segundo a denúncia, já no início das investigações, é possível perceber que, apesar do delito cometido no dia 30 de outubro de 2015 em Pedro Velho, alguns integrantes da quadrilha continuaram se articulando e se organizando para novas empreitadas.