Reitor titular do Conselho
Nacional Eleitoral venezuelano (CNE) Juan Delpino, afirmou nesta segunda-feira
(26) que não compareceu à Sala de Totalização dos votos do CNE e, por isso, não
tem evidência que respalde a vitória imposta ao ditador Nicolás Maduro.
“Ao não subir à sala de
totalização, careço da evidência que respalda os resultados anunciados. Tudo o
que aconteceu antes, durante e depois das eleições presidenciais indica a
gravidade da falta de transparência”, afirmou Delpino nas redes sociais.
Juan Carlos Delpino foi um dos
cinco reitores CNE, representou a oposição e está escondido. Como noticiou o
Diário do Poder, a ditadura venezuelana já prendeu mais de 1,5 mil pessoas
desde a eleição do país. Maioria dos detidos são opositores de Maduro.
A declaração do reitor marca a
primeira vez que alguém do sistema eleitoral venezuelano aponta falhas no
processo que impôs “vitória” ao tirano da Venezuela.
Delpino afirmou que decidiu não subir
à sala de totalização pela falta de transmissão do código QR ao centro de dados
dos comandos.
“Ante o despejo de testemunhas em
não poucos centros [eleitorais], a falta de transmissão do código QR ao centro
de dados dos comandos, e a falta de solução efetiva ao suposto ataque hacker,
tomei a decisão de não subir a sala de totalização e de não assistir ao anúncio
do primeiro boletim [que deu a vitória a Maduro com 80% das urnas apuradas]”,
destacou.