O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN)
denunciou nesta sexta-feira (28) o vereador de Parnamirim Diogo Rodrigues da
Silva (PSD) e quatro ex-secretários municipais de Saúde por fraudes no sistema
de marcação e consultas do Sistema Único de Saúde (SUS). Eles foram alvos da
operação "Fura-fila", deflagrada em 20 de abril.
Ao todo, oito pessoas já são rés em quatro processos
distintos dessa operação. Segundo o MP, o vereador Diogo Rodrigues é apontado
como suposto cabeça do esquema fraudulento.
A investigação do MP aponta que, ainda antes de se
eleger em 2020, ele teria teria montado um esquema de inserção de dados falsos
no Sistema Integrado de Gerenciamento de Usuários do SUS (SIGUS) - sistema
informatizado utilizado pela Sesap e por alguns municípios para regular a
oferta, e agendamento de procedimentos do SUS - burlando a fila.
A suspeita do Ministério Público do RN é de que ele
teria como braço-direito no esquema a própria esposa, Monikely Nunes, que é
funcionária de um cartório em Parnamirim. Ela também foi denunciada. Os dois
foram presos preventivamente no dia 20 de abril.
Diogo Rodrigues e Monikely Nunes foram denunciados
pelo MPRN por corrupção passiva, peculato, inserção de informações falsas em
banco da dados da administração pública e lavagem de dinheiro. O vereador
também responde pelo crime de fraude em licitação.
Somadas as quatro denúncias já oferecidas pelo MPRN
e recebidas pela Justiça do RN, Diogo Rodrigues responde 300 vezes por
corrupção passiva, 300 vezes por peculato, 476 vezes por inserção de
informações falsas em banco da dados da administração pública, 83 vezes por
lavagem de dinheiro e uma vez por fraude em licitação.