A Justiça Federal no Distrito Federal mandou suspender seis processos
da Receita Federal contra o filho mais velho do presidente Lula (PT),
Fábio Luís Lula da Silva, o “Lulinha”. Os casos contra o empresário eram
resultantes de investigações da Operação Lava Jato, da qual Lulinha
livrou-se, em 2022, após ser suspeito de receber repasses de mais de R$
100 milhões do grupo Oi/Telemar para as empresas Gamecorp/Gol, de sua
propriedade.
A decisão do juiz Diego Câmara, da 17ª Vara do Distrito Federal,
foi publicada na terça-feira (26), acatando o apelo da defesa, de que as
provas usadas pela Receita contra Lulinha já foram anuladas pelo
Supremo Tribunal Federal (STF). E ainda determina que o filho do líder
petista tenha seu nome retirado de listas de devedores, como Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa.
Um trecho da decisão conclui que “o crédito tributário exigido
carece de suporte jurídico e legitimidade, principalmente, porque o
Supremo Tribunal Federal invalidou os procedimentos investigatórios,
criminais, administrativos e judiciais, que motivaram as indevidas
autuações, nos HCs 193.726/PR e 164.493/PR, que declararam a
incompetência da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Curitiba/PR
para julgar as ações penais da Operação Lava Jato”.