O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (22) dois
nomes para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Paulo Sérgio Domingues e
Messod Azulay Neto vão substituir os ministros Nefi Cordeiro e Napoleão Nunes
Maia Filho, que se aposentaram.
Os nomes foram indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)
ao Senado em agosto deste ano, dois meses antes da eleição.
A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), avalia frear algumas indicações para pontos chaves da administração, vagas
na Justiça e, principalmente, em embaixadas. Mas esse movimento precisa ser
feito antes da análise pelos senadores.
Além dos nomes para o STJ, o Senado confirmou nesta terça as
indicações da atual gestão para as embaixadas da Tunísia, Mauritânia, Guiné
Equatorial, Sudão e Jordânia. Também foram aprovados os nomes para a
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e para a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Na quarta-feira (23), o Senado deve votar mais seis vagas
destinadas a diplomatas. Não foram pautadas e devem ficar de fora das votações
deste ano as indicações para postos considerados estratégicos, como Argentina,
Itália e Vaticano.
O deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP)
defendeu na última quinta-feira (17) a revogação de eventuais nomeações de
Bolsonaro na reta final do mandato. Ele atua no grupo de transição na área de
cidades e habitação.
"Você querer aprovar embaixadores, nomeações que
representam este governo, que tem mais um mês de duração, isso não faz
sentido", disse.