O Santuário do Monte do Galo, localizado no
município de Carnaúba dos Dantas, tornou-se Patrimônio Imaterial,
Histórico, Cultural, Paisagístico, Turístico e Religioso do Rio Grande
do Norte. Projeto neste sentido já havia sido aprovado pela Assembleia
Legislativa do Estado e, nesta sexta-feira (15) a Lei sancionada pela
governadora Fátima Bezerra (PT) foi publicada no Diário Oficial do
Estado. A iniciativa é de autoria do deputado Ezequiel Ferreira (PSDB),
presidente do Legislativo potiguar.
O Santuário do Monte do Galo é
uma elevação rochosa com cerca de 459 metros acima do nível do mar e
foi transformado em um local de peregrinações a partir do ano de 1928.
Para se chegar ao seu topo é necessário percorrer um caminho sinuoso,
com escadarias decoradas com as 14 estações da Paixão de Cristo, grutas
com imagens de Nossa Senhora de Lourdes e Nossa Senhora da Conceição.
A história do
Santuário do Monte do Galo se origina do cruzamento de episódios
místico, de devoção e da instalação de um cruzeiro (marco) no cume do
serrote. De acordo com a literatura, havia na região um evento
misterioso, semelhante ao cantar de um galo. Os vaqueiros que passavam
pela região ficavam espantados com o barulho, já que sabiam que naquela
região não residiam pessoas, configurando-se para eles a existência de
um lugar sagrado.
O segundo episódio, o de devoção, foi marcado
pela chegada da imagem de Nossa Senhora das Vitórias ao Monte do Galo,
trazida por um filho de Carnaúba - Pedro Alberto Dantas. A história
conta que ele estava acometido de beribéri e, numa noite de muita febre,
achando que iria falecer, viu uma Santa com manto azul que surgiu para
lhe proteger. A imagem pediu para que ele levasse consigo uma imagem
igual a que estava vendo para sua terra natal.
Já o terceiro e
último acontecimento se deu com a instalação de um cruzeiro no topo do
serrote, marco representativo da fé, do civismo e de homenagem a Caetano
Dantas, fundador de Carnaúba.