Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta terça-feira (15)
sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela condenação do
político, relacionado à investigação sobre a suposta tentativa de golpe de
Estado.
O ex-presidente afirmou que não queria estar nessa situação
e classificou a acusação como “estapafúrdia”.
Bolsonaro afirmou que sofre uma “perseguição política” e que
a decisão gira em torno das eleições presidenciais de 2026.
“O problema é que eu estou bem avaliado”, disparou o
político em entrevista.
Bolsonaro criticou ainda alguns crimes no qual é mencionado.
“Dois crimes são
relacionados a depredação de patrimônio. Eu estava nos Estados Unidos, não
estava aqui. É uma coisa que eu tenho até vergonha de falar, eu tenho vergonha
de ver que a PGR botou isso como crime meu. Daí tem mais, liderar organização
criminosa armada, ué, o que aconteceu? Eu era chefe supremo das Forças Armadas,
as forças armadas foram para rua? O 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe de
Estado? O próprio atual ministro da Defesa (José Múcio), disse que não foi”,
destacou o político.
O ex-presidente pondera ainda que fica difícil de se
defender dessa forma:
“É uma denúncia da qual fica difícil se defender. É como
você tivesse que se defender, por exemplo, de uma acusação de ter matado um
marciano — e nem o corpo do marciano está ali. Ou seja, a minha vida foi
revirada: até sobre baleia me investigaram. Joias, cartão de vacina, compra de
101 imóveis com dinheiro vivo… as acusações mais absurdas. Todas foram
desfeitas. Sobrou a fumaça da tentativa de golpe”.
Bolsonaro afirmou também que “não é justo” o que estão
fazendo com ele e com os demais aliados investigados.