Como não poderia ser diferente, o filho do poeta Othoniel Menezes de Melo, Laélio Ferreira de Melo, enviou um e-mail para nosso blog, repudiando a falta de respeito pelo sobrado, onde seu pai estudou e morou, e que hoje teve suas características escandalizadas pela atual gestão pública. O teor do e-mail abaixo postado na íntegra dispensa qualquer comentário de nossa parte.
Meu caro blogueiro Paulinho:
Saúde e Paz!
Um dos mais bonitos sobrados da região do Seridó, inclusive tombado pelo poder público, ERA, sem dúvida, o velho edifício que hoje abriga a Secretaria de Educação do Município de Jardim do Seridó.
Infelizmente - tive o desprazer de constatar, pessoalmente, há poucos dias, de passagem pela Cidade -, foi o imponente prédio totalmente descaracterizado. Pespegaram-lhe, na fachada principal, um verdadeiro "festival" de cores berrantes, carnavalizando a aparência do vetusto prédio, numa demonstração de profundo e aberrante mau-gosto dos gestores municipais.
Onde estão os vereadores, os cidadãos, o Ministério Público da velha e respeitada Conceição dos Azevedos que não reagiram a essa grave falha?
Mesmo não sendo jardinense, daqui ergo o meu grito de revolta pela descaracterização do edifício. Com o sobrado, tenho, sim, afinidades sentimentais, sobre ele conheço velhas histórias. O meu pai, o poeta Othoniel Menezes de Melo - que não tem sequer um nome de rua na cidade -, escreveu o seu mais importante livro, "Sertão de Espinho e de Flor" baseado nas lembranças da Jardim da sua infância e adolescência, quando morou no velho sobrado e aprendeu as primeiras letras com o consagrado mestre Jesuíno de Azevedo.
Era, o velho sobrado, no seu andar térreo, sede da Mesa de Rendas e da Delegacia de Polícia, repartições do Estado sob a administração do meu avô, Capitão (da Guarda Nacional) João Felismino (Ribeiro Dantas) de Melo. Morava a família desse chefe político, representante do Governador Pedro Velho, no primeiro andar. De uma das sacadas do sobrado, precipitou-se ao solo, depois de, enlouquecida, atear fogo às vestes, a minha avó, Dona Maria Clementina de Menezes Melo - que foi sepultada no cemitério do município.
O Capitão João Felismino, cerca de um depois da morte da sua primeira esposa, casaria com uma moça de importante família de Jardim, Celsa Bezerra Fernandes.
Como bem notará, meu caro Paulinho, tenho razões mais do que provadas para reclamar!
Atenciosamente,
Laélio Ferreira de Melo
Meu caro blogueiro Paulinho:
Saúde e Paz!
Um dos mais bonitos sobrados da região do Seridó, inclusive tombado pelo poder público, ERA, sem dúvida, o velho edifício que hoje abriga a Secretaria de Educação do Município de Jardim do Seridó.
Infelizmente - tive o desprazer de constatar, pessoalmente, há poucos dias, de passagem pela Cidade -, foi o imponente prédio totalmente descaracterizado. Pespegaram-lhe, na fachada principal, um verdadeiro "festival" de cores berrantes, carnavalizando a aparência do vetusto prédio, numa demonstração de profundo e aberrante mau-gosto dos gestores municipais.
Onde estão os vereadores, os cidadãos, o Ministério Público da velha e respeitada Conceição dos Azevedos que não reagiram a essa grave falha?
Mesmo não sendo jardinense, daqui ergo o meu grito de revolta pela descaracterização do edifício. Com o sobrado, tenho, sim, afinidades sentimentais, sobre ele conheço velhas histórias. O meu pai, o poeta Othoniel Menezes de Melo - que não tem sequer um nome de rua na cidade -, escreveu o seu mais importante livro, "Sertão de Espinho e de Flor" baseado nas lembranças da Jardim da sua infância e adolescência, quando morou no velho sobrado e aprendeu as primeiras letras com o consagrado mestre Jesuíno de Azevedo.
Era, o velho sobrado, no seu andar térreo, sede da Mesa de Rendas e da Delegacia de Polícia, repartições do Estado sob a administração do meu avô, Capitão (da Guarda Nacional) João Felismino (Ribeiro Dantas) de Melo. Morava a família desse chefe político, representante do Governador Pedro Velho, no primeiro andar. De uma das sacadas do sobrado, precipitou-se ao solo, depois de, enlouquecida, atear fogo às vestes, a minha avó, Dona Maria Clementina de Menezes Melo - que foi sepultada no cemitério do município.
O Capitão João Felismino, cerca de um depois da morte da sua primeira esposa, casaria com uma moça de importante família de Jardim, Celsa Bezerra Fernandes.
Como bem notará, meu caro Paulinho, tenho razões mais do que provadas para reclamar!
Atenciosamente,
Laélio Ferreira de Melo