Violência
doméstica, assédio sexual, desigualdade salarial, sexismo, dupla
jornada e falta
de apoio às mães trabalhadoras. Para combater irregularidades como
estas, que afetam as mulheres no mercado de trabalho, o Ministério
Público do Trabalho (MPT) lança neste 8 de março, Dia Internacional da
Mulher, campanha nas redes sociais que reforça: lugar
de mulher é onde ela quiser.
Em
relação ao assédio sexual, por exemplo, apesar da subnotificação, as
denúncias recebidas pelo MPT cresceram 63,7% nos últimos cinco anos. Em
2019, o total chegou a 442, enquanto em 2015 foram
270. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 52% das
mulheres economicamente ativas, do mundo, já sofreram assédio sexual.
“O MPT
quer romper com o silêncio dessas mulheres que sofrem assédio sexual e
assédio moral, entre outras violações. A denúncia dessas situações pode
ser feita tanto pela vítima, quanto por alguma
testemunha, até mesmo de forma sigilosa”, explica a coordenadora
nacional de Promoção da Igualdade e Eliminação da Discriminação no
Trabalho (Coordigualdade) do MPT, procuradora Adriane Reis.
Durante
o mês de março, serão publicados materiais informativos nas redes
sociais do MPT, com foco no combate a essas irregularidades. O objetivo é
conscientizar a sociedade sobre a necessidade
da promoção da igualdade no trabalho como modo de combater a violência
contra a mulher.
Segundo
Adriane Reis, “a campanha pretende o empoderamento feminino ao destacar
a possibilidade de a mulher ocupar qualquer posto de trabalho e função
com eficiência e qualidade. O que é preciso
é o respeito e o reconhecimento à igualdade da mulher no ambiente de
trabalho”, acrescenta.
A
campanha terá início neste domingo, 8 de março, com um vídeo em
homenagem ao trabalho da mulher e, na semana de 9 a 13, serão publicadas
histórias reais de algumas mulheres que ocupam espaços
antes dominados pelos homens, assim como posições de liderança.