A deputada federal Raquel Muniz emitiu nesta terça-feira
(19) uma nota em defesa do seu marido, o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz,
que foi preso em uma operação da Polícia Federal nesta segunda-feira (18). No
texto, a deputada reitera as afirmações feitas elogiando a gestão do marido, no
dia da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Reitero cada uma das
palavras ditas no dia 17 de abril durante a votação para aceitar o processo de
impedimento da presidente Dilma Rousseff. Montes Claros tem um gestor íntegro,
ético e que preza pela transparência das suas ações”.
Ruy Muniz foi preso durante a operação “Máscara da Sanidade
II - Sabotadores da Saúde", por suspeita de prejudicar o funcionamento de
hospitais públicos da cidade para favorecer um hospital privado, que é gerido
pela sua família.
Raquel Muniz questiona os motivos que determinaram a prisão
preventiva de Ruy Muniz. Ela afirma que as investigações são justificadas por
questões “não republicanas”.
“Não há razão jurídica para a prisão preventiva do meu
marido, o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, por não haver risco á ordem
pública, nem perigo de fuga e nem haver qualquer indício de obstrução da
Justiça. Há sim, razões de outras ordens, não republicanas, que justificam essa
investigação”.
A deputada negou também que a prisão preventiva tenha sido
baseada por motivos de corrupção. Na nota, Raquel Muniz diz também que “todas
as providências jurídicas cabíveis já foram tomadas e tenho a plena certeza de
que a verdade prevalecerá”.
Ruy Muniz foi preso nesta segunda-feira (18) pela Polícia
Federal na operação “Máscaras da Sanidade II – Sabotadores da Saúde”, um dia
após sua esposa, a deputada federal, Raquel Muniz, ter dito na votação do
processo de impeachment que ele era exemplo para o Brasil.
Na investigação, o prefeito de Montes Claros é suspeito de
prejudicar o funcionamento de hospitais públicos da cidade para favorecer um
hospital privado, que é gerido pela sua família.
Ruy está preso no Presídio Regional da cidade, em uma cela
com outros presos que também possuem curso superior, segundo a Secretaria de
Estado e Defesa Social (Seds).