Reconduzido ao cargo de superintendente do Serviço de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae) no Rio Grande do Norte para mais quatro anos
de mandato, Zeca Melo criticou a sugestão dada pela Secretaria do
Tesouro Nacional ao Governo do Estado para que incentivos fiscais
concedidos a empresas potiguares e que também querem investir no RN
sejam diminuídos ou cortados.
Segundo Zeca Melo, que assume o novo mandato nesta quarta-feira, 16, o
ano passado foi complicado, e a manutenção dos incentivos fiscais é
fundamental para a continuidade dos empregos.
Em 2018, o Sebrae RN realizou mais de 100 mil atendimentos, dos quais
37 mil foram destinados a empresas. O restante foi voltado para
empresas informais e inúmeras pessoas que pretendem uma firma na
categoria Microempreendedor Individual (Mei). “O trabalho este ano
seguirá com inovação, transformação digital, tecnologia e energia limpa,
com destaque para o segmento solar”, disse Zeca Melo, em entrevista ao
programa Manhã Agora, apresentado por Tiago Rebolo na Agora FM (97,9).
O Sebrae do RN conseguiu captar da Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep) a cifra de R$ 2,8 milhões e pelo menos 60 empresas serão
contempladas este ano, além de feiras de negócios voltados para o setor
agropecuário. “O que precisa ser feito, com urgência, é uma reforma
tributária para acabarmos com este manicômio fiscal existente no Brasil.
É preciso simplificar a legislação e reduzir os impostos”, defende Zeca
Melo.
Para Zeca Melo, com a reforma tributária ficará mais fácil atrair
empresas para o Estado e enquanto essa ação não se concretizar, o Rio
Grande do Norte não poderá abrir mão de conceder incentivos, pois, do
contrário, vai perder empresas e empregos formais.
“Os Estados precisam de uma legislação rápida e desburocratizada. No
Rio Grande do Norte, 165 mil empresas estão no Simples. Tirá-los deste
sistema é coloca-los na informalidade. Vamos estimular um programa de
compras governamentais e a criação de um ambiente de negócios
favorável”, destacou.