Um
 homem passou quase um ano preso no lugar de outra pessoa no Rio Grande 
do Norte, segundo informou a Defensoria Pública do Estado. Condenado 
pelo crime de furto, ele ganhou direito ao regime aberto em fevereiro de
 2019, mas um mandado de prisão expedido no Pará com o seu nome o 
manteve detido de forma errada.
De
 acordo com o órgão, o mandado na verdade era destinado para um homem 
que tinha o nome parecido com o do preso no Rio Grande do Norte. As mães
 dos dois são homônimas, ou seja, têm o mesmo nome, o que pode ter 
facilitado o erro. Após a constatação do equívoco, o homem só foi solto 
no último dia 21 de janeiro.
De
 acordo com a Defensoria, o preso potiguar tinha sido condenado por 
furto em 2012. Na época, a pena determinada foi de prisão em regime 
aberto por dois anos. No entanto, o réu vivia em situação de rua e não 
foi encontrado para cumprir as determinações judiciais. Com isso, a 
Justiça decretou a prisão dele, que foi cumprida pela polícia em outubro
 de 2018.
Em
 fevereiro de 2019, após verificação do caso pela juíza responsável, a 
soltura dele foi determinada, para que pudesse cumprir a pena em regime 
aberto, mas o homem continuou preso por haver outra ordem de prisão 
expedida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
A
 família do preso procurou a Defensoria Pública para ter informações a 
respeito da detenção. Foi quando o erro acabou descoberto. Segundo a 
defensora Paula Braz, responsável pelo caso, o homem não foi colocado em
 liberdade por força de um mandado de prisão expedido erroneamente em 
seu nome.
“Constatamos
 que havia esse mandado, mas a família alegou que o homem nunca nem 
esteve no estado do Pará, o que nos levou a buscar mais informações”, 
afirmou.
Após
 contato com a Defensoria Pública do Estado do Pará, foi contatado que o
 mandado teve como origem uma ordem de prisão destinada a outra pessoa, 
mas que houve erro no momento da expedição do documento.
Apesar
 de terem mães homônimas – ou seja, com o mesmo nome – o cidadão do Rio 
Grande do Norte e o verdadeiro acusado do processo do Pará possuem nomes
 apenas parecidos.
Após
 pedido realizado pela Defensoria Pública do Pará, o juiz reconheceu o 
erro e recolheu o mandado de prisão. Assim, o potiguar foi colocado em 
liberdade.






