O ex-servidor do Ministério Público do Rio Grande do Norte, Guilherme
Wanderley Lopes da Silva, condenado após tentar matar o ex-procurador
geral de Justiça, Rinaldo Reis, e mais dois promotores em março de 2017,
solicitou à OAB RN o seu “retorno aos quadros” para poder voltar a
exercer a profissão de advogado e ter a inscrição na Ordem, novamente.
Wanderley, que foi condenado em dezembro de 2018, entrou com pedido
junto à OAB RN para voltar a advogar no mesmo ano do crime, em 2017, mas
pouco tempo depois solicitou a suspensão do trâmite do processo. No ano
passado, o ex-servidor do MPRN voltou a impulsionar o processo que foi
pautado ontem, 6, pelo conselho da OAB RN, seguindo sem segredo de
justiça.
Guilherme Wanderley foi condenado a 7 anos, 3 meses e 15 dias por
três tentativas de homicídio qualificadas quando entrou em uma reunião
onde estavam o então procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis e seus
auxiliares os promotores Wendell Beetoven Ribeiro e Jovino Pereira da
Costa Sobrinho. Wanderley efetuou alguns disparos atingindo os dois
promotores, Wendell e Jovino.
Na época do julgamento, a defesa de Guilherme Wanderley alegou,
através de laudos médicos, que ele possuía problemas de sanidade mental e
que isso influenciou sua ação no dia do crime. Com isso, o acusado foi
considerado pela corte como semi-imputável – quando há a incapacidade
parcial de entender a ilicitude praticada, o que fez com que o acusado
tivesse a pena reduzida.
Ao comentar a intenção de Guilherme de retornar aos quadros da Ordem,
o presidente da seccional da OAB no RN, Aldo Medeiros, adiantou apenas
que a decisão final caberá ao conselho, composto por 34 conselheiros,
incluindo cinco diretores.
Do Blog: Tem muitos(as) que já foram condenados e que são advogados(as). Eu mesmo conheço uma que foi condenado por: Furto Qualificado, Falsificação de Documentos e Falsidade Ideológica que é advogada. Só não tem perigo de eu entregar uma causa minha à uma pessoa com essa índole!