A revisão criativa da Lei de Drogas por parte do Supremo
Tribunal Federal (STF) pode afrouxar a pena de 65 mil presos que foram
flagrados com drogas. Os processos estão na fila do Mutirão Processual Penal de
2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Cada caso será revisto e, detalha o
juiz auxiliar da presidência do CNJ, João Felipe Menezes Lopes, “quando
pertinente”, retirar a pena pelo (ex) crime. Serão os novos “descondenados”.
Entra no bonde da revisão os casos de falta grave dos últimos 12 meses.
A revisão da “falta grave”, flagrante de porte de até 40g de
maconha ou 6 pés da planta, responde por 13% de tudo que entra neste mutirão.
O CNJ vai revisar, ao todo, 496.765 processos, mas o número
pode subir. Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia ainda não se manifestaram.
Minas Gerais, com 14.881 casos que serão revisados por falta
grave, puxa a lista. São Paulo ainda não tem esse consolidado, só em 2025.
À imprensa, o STJ diz que não necessariamente as revisões das
faltas virarão soltura e que falta grave é aplicada em pessoas já condenadas.