PM FAZ A MAIOR APREENSÃO DE DROGAS DO ANO

Uma operação conjunta do 3º Batalhão da Polícia Militar e do Batalhão de Choque, na tarde desta sexta-feira (11), no bairro de Bela Vista, em Parnamirim, resultou em confronto com dois traficantes de drogas e na apreensão de cerca de 35 quilos de maconha e pasta base de cocaína. Os dois bandidos morreram a caminho do Hospital Deoclécio Marques. Um dos traficantes mortos, Leonardo Augusto do Nascimento, o “Leo Cobra”, era um dos maiores distribuidores de droga na Grande Natal.

O comandante do 3º BPM, major Jair Júnior, explicou que a polícia recebeu uma denúncia anônima através do telefone 190 e passou a procurar um Fiat Idea prata, placas HLP-6233, de Belo Horizonte, Minas Gerais, localizando o carro no meio desta tarde. A PM faria uma abordagem para checar a denúncia, mas acabou sendo recebida à bala.

“Leo Cobra” portava uma pistola calibre .40, roubada da Polícia Civil de Pernambuco, e efetuou vários disparos. A PM revidou e acabou alvejando a dupla. Eles foram socorridos, mas morreram a caminho do atendimento médico. O outro morto é Paulo Sérgio Galvão Silva, 40 anos.

No porta-malas do Fiat Idea a polícia encontrou uma mala de viagem com 22 tabletes de maconha prensada. A partir daí, os policiais procuraram identificar a casa de “Leo Cobra” e, depois de várias diligências, chegaram ao imóvel. Lá, a polícia flagrou Elenilma Sucupira de Souza, 32 anos, embalando a droga. Na casa foram apreendidos 10 tabletes de maconha, cerca de dois quilos cortados em porções menores, e ainda dois pacotes com cerca de dois quilos de crack. A mulher, presa por tráfico, é esposa de Paulo Galvão. Na casa, segundo o major, foram apreendidos ainda dezenas de sacos para embalar drogas e uma balança de precisão.

O secretário da Segurança Pública e da Defesa Social, Cristóvam Praxedes, destacou que o combate ao tráfico de drogas é prioridade das forças de segurança do Rio Grande do Norte. Tanto que nos pouco mais de dois meses em que está no cargo, a polícia já contabilizou mais de 90 prisões de pessoas acusadas de tráfico apenas na Grande Natal. Ainda segundo o secretário, as apreensões são resultado de investigações e, principalmente, da maior ostensividade da PM. “Demos prioridade em colocar a polícia na rua. A polícia está mais presente e conseqüentemente respondendo com mais eficiência”, destacou.

A mulher detida foi encaminhada para a Delegacia de Narcóticos onde foi autuada em flagrante delito pelo delegado Odilon Teodósio. O delegado explicou que “Leo Cobra” foi alvo de duas investigações da Denarc este ano: a Operações Trampolim, realiza em Parnamirim, e a Operação Farol Vigilante, no bairro de Mãe Luiza, em Natal. Em ambas, a Polícia Civil prendeu comparsas de “Leo Cobra”, mas ele conseguiu escapar. O traficante morto tinha passagem por tráfico de drogas e tinha um mandado de prisão em aberto expedido a pedido da Denarc.

No mês passado, policiais do 3º BPM apreenderam 22 quilos de crack no bairro de Parque Industrial. Naquela diligência, um traficante foi preso. Em ambos os casos, segundo o major Jair Júnior, a participação da população foi decisiva através de denúncias.

EX DESPACHANTE É PRESO PELA DEPROV

Após um ano de investigação, uma equipe da Delegacia Especializada na Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (DEPROV) efetuou, na manhã desta sexta-feira (11), a prisão de um despachante identificado como Gilberto Bezerra dos Santos, de 34 anos. Ele é acusado de falsificar vários documentos de veículos e passaportes internacionais, se passando por funcionário do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (DETRAN-RN), apesar de estar oficialmente descredenciado há cerca de oito meses.

De acordo com o delegado Ulysses de Sousa, titular da Deprov, as investigações tiveram início quando inquéritos policiais envolvendo veículos com problemas de documentação começaram a aparecer na delegacia. O delegado explica que os proprietários dos carros diziam ter feito todos os procedimentos de legalização com o mesmo despachante, conhecido apenas como “Gilberto”.

“As pessoas acreditavam que ele facilitava o processo e fazia tudo de forma legalizada, quando na verdade eram emitidos documentos falsificados. Ele inclusive usava um crachá vencido do Detran e mesmo assim circulava diariamente pelo departamento oferecendo os serviços”, explica. “Só de uma das vítimas, ele teria cobrado R$ 900”.

Ainda segundo o delegado da Deprov, o acusado foi preso nas dependências do Detran, às 9h30, com um vasto material que o incriminava. Foram apreendidos com ele pelo menos 35 documentos falsos, cinco passaportes internacionais (Brasil-Bélgica), um revólver calibre 38 com numeração adulterada, Boletins de Ocorrência em branco, chaves de pino para adulteração de chassi, R$ 475 em dinheiro, entre outros objetos e documentos. Parte do material foi encontrada no interior de um veículo Chevrolet modelo Corsa e outra dentro de uma mala que estava em posse dele no momento do flagrante.

O acusado, apesar de não ter reagido à prisão, nega ser autor dos crimes. No entanto, diante de todas as acusações e evidências, ele será autuado por adulteração, estelionato, falsidade de títulos e outros papéis públicos, petrechos de falsificação, falsificação de documento público, falsidade ideológica e porte ilegal de arma com agravante de adulteração. A princípio, ele ficou detido na Deprov, mas será encaminhado ainda hoje ao Centro de Detenção Provisório (CDP) da Zona Norte.

“Com essa prisão, começamos a desencadear uma investigação mais aprofundada, pois acreditamos que outras pessoas trabalhavam com Gilberto. Tudo indica que ele não agia sozinho”, afirma. “Agora o nosso trabalho estará focado na identificação dos possíveis envolvidos”, completa Ulisses.

PROFESSORES DE PARELHAS FICAM REVOLTADOS COM NORMATIVA DO EXECUTIVO, E A CLASSIFICAM COMO UM “MASSACRE”

Representantes dos professores da cidade de Parelhas procuraram o “Blog Barra Pesada” para protestarem contra uma Normativa baixada pelo prefeito Francisco Medeiros através da procuradoria de Justiça do município, onde a categoria é obrigada a comunicar com antecedência que vai faltar ao serviço por causa de problemas de saúde.

Conforme cópia abaixo postada, o 5º parágrafo exige que os profissionais da educação comuniquem com antecedência de 24 horas que irão faltar ao trabalho, e que apresentarão um atestado médico, como se os mesmos tivessem o dom de adivinharem o dia que vão adoecer.

Com se tudo isso não bastasse, o mesmo documento proíbe os atestados fracionados, obrigando com isto que os médicos acertem em cheio os dias em que o paciente vai ficar bom, como se não existisse recaídas em alguns tipos de doenças, forçando assim o encaminhamento dos servidores direto para o INSS, caso sua ausência seja de mais de 30 dias, enquanto sabemos que os médicos emitem atestados prevendo uma possível recuperação, porém, em vários casos esses prazos precisam de prorrogação.

Em contato com o “Blog”, um dos representantes dos professores ironizou e classificou o teor do documento como sendo um “Massacre” contra a categoria, ficando indignado com a forma em que a medida foi adotada, sem nenhuma participação da representatividade da categoria, como se fosse no tempo da ditadura, que as decisões eram tomadas, e sem nenhum questionamento teriam de serem cumpridas.

POLÍCIA PRENDE QUADRILHA E APREENDE ARSENAL DE MATADORES

Uma mega-operação desencadeada pela Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), na madrugada desta quinta-feira, dia 10, resultou na prisão de 12 pessoas, sendo 11 delas investigadas num esquema de compra e venda de armas e munições usadas por bandidos em crimes de execução. Entre os presos estão três policiais militares. Foram apreendidas 22 armas de fogo, centenas de munições e meia tonelada de pólvora. O secretário da Segurança pública, Cristóvam Praxedes, disse que a instituição está no rumo certo ao prender os maus policiais. “Essa é a maneira de se trabalhar. A operação foi muito bem sucedida e outras estão por vir”, disse.

A operação desencadeada hoje é resultado de meses de investigação de uma comissão formada por oito delegados da Polícia Civil. Os policiais investigaram três tipos de crimes normalmente associados: o tráfico de drogas, o tráfico de armas e as execuções por encomenda. Ao reunir provas dos crimes, os policiais solicitaram à Justiça a expedição de mandados de prisão e de busca e apreensão.

Foram realizadas nesta quinta-feira duas operações batizadas de Jabulani (Bola) e a Laduma (Gol), em referência ao período da Copa do Mundo. As ações aconteceram nas cidades de Natal e São Paulo do Potengi e contaram com a participação de 300 policiais civis e militares, sendo acompanhada pelo Ministério Público. A Operação Laduma teve o objetivo de coibir o tráfico de armas e munições, sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão. Já a Operação Jabulani cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão.

Nas buscas foram apreendidos 15 revólveres calibre 38; duas pistolas calibre 380; três espingardas, sendo duas delas calibre 12; um fuzil calibre 762; centenas de munições de calibres diversos; máquinas para recarregar munições; carros; motos; dinheiro e meia tonelada de pólvora. O material explosivo estava acondicionado em uma casa em São Paulo do Potengi. Foram apreendidos ainda cerca de dois mil discos piratas.

Os presos são o soldado da PM Marcos Valério de Medeiros Dantas; o soldado da PM Sandro Richele de Araújo, o sargento da PM Marinaldo Soares de Oliveira, além de Márcio Valério de Medeiros, Everaldo Matias do Nascimento, Marcicleide Pereira, João Francisco de Souza, Antônio Martins Filho, Wesley Breno de Araújo e Jerliane Araújo, esta última detida em flagrante por aborto ilegal. Um dos presos Wesley Breno reagiu à prisão atirando várias vezes contra os policiais. A polícia revidou e o atingiu com três tiros. O acusado foi medicado e passa bem. O nome dos outros dois envolvidos estão sendo checados pela polícia e serão repassados posteriormente.

O delegado Geral da Polícia Civil, Elias Nobre, revelou ainda que a prisão ocorrida no dia 11 de maio, na cidade de Mossoró, de um PM e outros dois homens com mais de mil munições tem ligação com as operações Jabulani e Laduma. “Na verdade, a Polícia Civil monitorou os suspeitos até Mossoró, mas para não comprometer o trabalho de investigação passou as informações para a Polícia Rodoviária Federal realizar o flagrante. Essa é mais uma prova de que no Rio Grande do Norte as instituições de segurança trabalham de forma integrada”, disse o delegado.

O delegado Odilon Teodósio, da Denarc, explicou que a apreensão das armas foi o primeiro ponto para a coleta de prova material de crimes de homicídios. Agora, as armas serão encaminhadas para exame de comparação balística para confirmar se os projéteis removidos dos cadáveres de vítimas de homicídio foram deflagradas por alguma arma apreendida. O exame é realizado num equipamento adquirido em 2009 no valor de R$ 600 mil e foi decisivo para prender, no início do ano, um grupo acusado de quatro homicídios em Assu.

Outro delegado da Polícia Civil, cuja identidade será preservada, adiantou que integrantes do bando desarticulado são suspeitos de envolvimento em crimes de execução recentes em Natal e, também, de pistolagem. “O modus operandi era o seguinte: a dupla se aproximava da vítima em cima da moto, o garupa atirava e eles fugiam em alta velocidade”, disse.

Os PMs presos foram encaminhados a uma carceragem da Polícia Militar na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na Zona Norte de Natal. Os militares vão responder, além do processo criminal, a procedimentos administrativos que podem causar a expulsão.