Com a péssima repercussão da alteração da Lei das Estatais,
considerada verdadeira mutilação da Lei das Estatais, o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG) desacelerou a tramitação e chamou os líderes da Casa
para discutir a votação ou não do projeto.
O plano inicial de Pacheco, que trabalhava pela aprovação,
era votar o texto na sessão das 16h desta quinta-feira (15). Depois, desistiu.
É quase certo que a votação fique para 2023, caso ocorra.
A forte reação negativa com a aprovação da matéria na Câmara
dos Deputados acendeu a luz amarela no Senado. Na manhã de hoje, as
negociações, capitaneadas por Pacheco, eram para que a votação ocorresse assim
que houvesse votos pela aprovação, o que não se confirmou ao longo do dia.
A mudança na Lei das Estatais foi proposta de surpresa pela
deputada federal Margarete Coelho (PP-PI). O jabuti reduz o tempo de 36 meses para 30 dias para que pessoas que
tenham atuado em estrutura decisória de partido político ou em trabalho
vinculado a campanha eleitoral assuma cargos de direção em estatais.
Na prática, o texto livra Aloízio Mercadante de complicações
judiciais ao assumir a presidência do BNDES e foi apelidado de “Emenda
Mercadante”.