São 16 desenhos sobre papel, sendo que alguns foram produzidos em papel artesanal de fibra de bananeira, material que releva o interesse do artista sobre processos artesanais ou manuais. O desenho, como mídia de predileção de Thiago, é resultado desse processo de trabalho que prioriza aquilo que é "mais acessível, mais barato e disponível para que algo seja construído", como ele define.
Recentemente, o artista visitou o sítio arqueológico do Mirador, em Lajedo de Soledade (Apodi/RN), onde há um grande número de pinturas rupestres. A expedição, somada a sua experiência com a cultura sertaneja do interior e as lojas populares de coisas fabricadas na China, como imagens de santo e objetos e utensílios, são pontos de partida para a produção de novos trabalhos.
"Me ver artista com esse referencial me fez retornar ao trabalho artesanal e pensar a ideia de mistura, ao contrário da pureza contida dentro do meu trabalho”, declarou. Esse processo experimental de exposição é parte de um trabalho mais amplo que também se desdobra em uma exposição individual, na galeria Nara Roesler, em São Paulo (SP).
