Uma moradora de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, fez uma postagem em
uma rede social sobre a descoberta de que o filho, que hoje tem 23 anos,
não é biológico. A suspeita da auxiliar administrativo Gislene Diogo da
Silva, de 38 anos, é de que o bebê tenha sido trocado na maternidade da
Santa Casa de Misericórdia do município, em fevereiro de 1995. O
hospital alega que tem tomado todas as medidas para colaborar com as
investigações sobre o caso.
A mãe afirmou que os exames de DNA foram feitos há oito anos a pedido
do próprio filho Wandré Pohl Moreira de Castilho e, desde então, ela
procura o filho biológico, que nasceu no mesmo dia e não tem nenhuma
pista da localização dele.
A publicação feita no último dia 31 já tem mais de 6 mil
compartilhamentos e 13 mil comentários. “Depois de 15 anos, descobrimos
que meu filho não é meu filho biológico”, diz Gislene, na postagem.
Desde criança, segundo ela, Wandré ouvia dos irmãos por parte de pai
que ele era filho 'bastardo' devido às características físicas
diferentes. Os irmãos diziam que ele não era filho do mesmo pai e que
eles eram mais brancos.
A dúvida foi alimentada no rapaz até os 15 anos, quando pediu à Gislene
que fosse feito um exame de DNA para comprovar que os irmãos estavam
errados.
“Aos 15 anos, ele chegou da escola e perguntou quanto custava para
fazer um exame de DNA. Ele dizia que queria mostrar para os irmãos que
era realmente filho do pai dele”, recordou a mãe.
Gislene diz que não tinha dúvidas da paternidade e se prontificou a
fazer o exame a pedido do filho, que seria fruto do relacionamento de
curta duração com o advogado Sival Pohl Moreira. Wandré passou a maior
parte do tempo com o pai, apesar de sempre visitar a mãe.
No entanto, ao contrário do que mãe e filho imaginavam, veio o
resultado surpreendente: o então adolescente não era filho do advogado e
nem dela.
“Eu fiquei em prantos. Na hora passou muita coisa na minha cabeça,
pensava que a criança precisava de mim. Na época, não quis expor, mas
hoje fiz a postagem para tentar uma solução”, afirmou. A família fez dois testes de DNA para ter certeza do que estavam para enfrentar.
“Na época foi como se eu tivesse sido atingida por um 'Tsunami'. Fiquei com medo de perder meu filho”, lembrou.
Tem oito anos que a família vive uma busca incessante para tentar
descobrir quem são os pais verdadeiros do jovem e quem é o filho ou a
filha de Gislene.
Desde 2010, eles fazem exames e procuram famílias que possam estar com o filho de Gislene.