Detalhes da Operação Resistência foram divulgados nesta sexta-feira durante entrevista coletiva com a presença do procurador-Geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, e auxiliares do Caop Patrimônio Público, Coordenadoria Jurídica Judicial e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Durante a entrevista, foi apresentado vídeo no qual o prefeito de Ielmo Marinho, Bruno Patriota Medeiros, foi filmado repassando R$ 10 mil ao vereador Luís Carlos Bidú, como suborno para dizer que estava sendo pressionado por vereadores. O chefe do Executivo municipal exigiu declaração e a gravação de um vídeo para repassar a quantia.
O PGJ explicou que, no curso da investigação, foi apurado a conduta do prefeito com objetivo de frustrar processo na Câmara de Vereadores que poderia resultar na cassação do chefe do Executivo Municipal.
Entre elas, está a entrega de dinheiro para testemunha, prática de retaliação contra servidores e oferta de benefício a vereadores para conseguir apoio político. Na Câmara Municipal prossegue investigação que apura despesas com locação de veículos, uso irregular de royalties, compra de gênero alimentícios, entre outros.
O coordenador Jurídico Judicial, Afonso de Ligório, se mostrou surpreso com o resultado do cumprimento dos mandados de busca e apreensão da Operação. “Em 18 anos de Ministério Público nunca vi nada igual”, declarou.
A operação desencadeada no início da sexta-feira, (18), pela Procuradoria-Geral de Justiça com participação com apoio da Polícia Militar resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão no gabinete do prefeito de Ielmo Marinho, Bruno Patriota Medeiros, e em escritório oculto da Prefeitura localizado no bairro de Tirol, em Natal, onde era realizada toda movimentação burocrática de referido poder público municipal.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte determinou o afastamento por tempo indeterminado do prefeito Bruno Patriota. E determinou também a proibição de ausentar-se da Comarca bem como, comunicar-se e manter contato com testemunhas, entrada ou permanência na sede do Poder Executivo Municipal de Ielmo Marinho ou em quaisquer órgãos ou secretarias municipais.
O prefeito está sendo investigado por corrupção ativa a um vereador, tentativa de corrupção a outros dois vereadores e falsidade documental.