Foram mais de nove meses de espera. Quase 600 minutos de agonia. Mas o jejum de Luís Fabiano acabou da melhor maneira possível: dois golaços na vitória por 3 a 1 da Seleção Brasileira diante da Costa do Marfim, na segunda rodada do Grupo G da Copa do Mundo.
Luís Fabiano voltou a ser o Luís Fabiano da última temporada, que marcou 11 gols em 13 partidas, tão decisivo e importante para o técnico Dunga. Sorridente e brincalhão, como sempre. Bem diferente do Luís Fabiano dos últimos dias, angustiado e ansioso com os seis jogos sem marcar com a camisa amarela.
Depois da partida, como foi eleito o melhor em campo pela Fifa, foi até a sala de entrevistas. Recebeu um troféu no formato de tambor, prêmio de uma das patrocinadoras do evento para o destaque em campo. Quando vai posar para foto, percebe o ex-jogador Cafu sentado na primeira fileira da bancada dos jornalistas. Abre mais um sorriso e abraça o capitão do penta.
Recebe os parabéns de um torcedor convidado para entregar o troféu e agradece. Ouve a pergunta se poderia dar um autógrafo e atende com paciência. O fotógrafo oficial pede mais algumas poses, o atacante congela o sorriso. Dois, três, quatro flashes. Até o assessor da Fifa cansa e pede que liberem Luís Fabiano para sentar à mesa.