O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, informou ainda, também pelo Twitter, que após "inquéritos preliminares, há 66 homens mortos e duas mulheres que estavam na qualidade de visitantes e que em todos os corpos foram realizados os respectivos protocolos de autópsia e entrega aos familiares".
Saab escreveu ainda que "o @MinpublicoVE garante que aprofundaremos as investigações para esclarecer de forma imediata estes dolorosos eventos que enlutou dezenas de famílias venezulanas. Assim como estabelecer as responsabilidades que possam surgir".
De acordo com denúncias de parentes dos detentos nos arredores da delegacia de polícia, eles morreram por asfixia e queimaduras.
"Não nos informaram nada. Peço que (as forças da ordem) não os tratem como cachorros, que não joguem gasolina neles. Não joguem chumbo (tiros) como se eles fossem cachorros", disse aos jornalistas, Lissette Mendoza, mãe do preso Yorman Salazar, de 19 anos. "Ele está preso por roubo, mas nem por isso podem tirar a vida dele como se fosse um cachorro", completou a empregada doméstica, de 35 anos.
Após o incidente, dezenas de parentes estiveram durante à tarde em frente ao comando policial aguardando algum tipo de informação, situação que se tornou violenta e resultou em lançamento de gás lacrimogêneo pelos cerca de 20 policiais que faziam a segurança do local. Esses parentes acabaram expulsos das proximidades da penitenciária.