O Estádio Frasqueirão se rendeu, na tarde desta segunda-feira (02), ao maior ídolo da história do ABC e do futebol potiguar numa despedida emocionante. Os dois maiores símbolos da história do ABC se reuniram pela última vez. O ex-jogador Marinho Chagas foi velado e sepultado sob aplausos, lágrimas e o orgulho de quem teve a oportunidade de ver o melhor lateral-esquerdo da Copa de 1974 atuar.
Antes de deixar o estádio abecedista, uma missa foi realizada pelo padre e capelão do ABC, Antônio Murilo, que chegou a se emocionar durante a cerimônia. Familiares, amigos e autoridades trocavam olhares tristes e tocavam o corpo do ex-jogador sempre que possível, como forma de prolongar ao máximo o contato que teria fim em alguns minutos.
Filho e admirador de Marinho, Wallace Chagas destacou os feitos do pai e se mostrou grato pelas inúmeras homenagens recebidas pelo pai, por expoentes do futebol mundial e por anônimos que fizeram questão de dar adeus ao ex-Botafogo. “Aqui parte um grande herói, agradeço às homenagens de todos. Poderiam falar o que fosse do meu pai, mas ele era u homem feliz, acima de tudo”, disse.
O ex-presidente abecedista Judas Tadeu, o diretor-executivo do ABC Rogério Marinho, o prefeito Carlos Eduardo Alves e o sobrinho de Marinho, Miguel Chagas, também falaram e todos exaltaram o papel de protagonista que o jogador viveu dentro das quatro linhas, se tornando um exemplo do futebol moderno do futuro.
A missa chegou ao fim. O corpo do jogador deixou o estádio ao som do hino do ABC, música que serviu de trilha sonora em diversos momentos, durante o tempo em que ele defendeu o clube potiguar.
O cortejo com dezenas de carros percorreu a cidade até chegar ao local do sepultamento. Sob um belo pôs do Sol, um céu com poucas nuvens e um longo gramado verde, o cenário parecia um típico final de tarde de futebol com emoções e sorrisos amparados pela lembrança do pai, irmão, amigo e companheiro de time.
Fotos: Wellington Rocha.