Uma boa noite de sono é essencial para
manter a saúde em dia. O ronco é o som causado pela vibração dos tecidos da
faringe quando o ar passa por esta região. Para quem ronca ou convive com
pessoas que roncam, dormir de 6 a 8 horas pode se tornar um problema.
O ronco é considerado normal quando
discreto, um ressonar suave, principalmente quando a pessoa dorme de barriga
para cima, pois a língua cai um pouco para trás. De acordo com o
otorrinolaringologista do Hapvida, Dr. Pedro Cavalcante, o ronco pode ser sinal
de um problema mais grave, como a apneia.
"A apneia obstrutiva do sono
(SAOS) é uma doença caracterizada pela obstrução da via aérea ao nível da
garganta, durante o sono, que leva a uma parada na respiração. O processo leva,
em média, 20 segundos, mas pode chegar até a dois minutos e acontecer diversas
vezes durante o sono", afirma.
Segundo o Ministério da Saúde, a
enfermidade é mais comum em homens e acomete em torno de 5% da população geral,
sendo 30% em indivíduos acima dos 50 anos de idade. A SAOS é fator de risco
importante para doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC).
O médico ressalta ainda que as pessoas
mais suscetíveis são as que apresentam sobrepeso, dificuldades respiratórias
(rinite, sinusite, desvio de septo nasal, adenoides e amídalas grandes, dentre
outras), refluxo gastroesofágico, tabagismo e problemas na arcada dentária.
Além disso, consumir bebidas alcoólicas
e dormir com a barriga para cima podem provocar o ronco até em quem não ronca
normalmente. Em longo prazo, o ronco pode causar dor de cabeça ao acordar,
arritmia cardíaca, baixa concentração, sonolência diurna, cansaço e
irritabilidade, afetando a qualidade de vida do paciente.
O diagnóstico geralmente é confirmado
através de um exame que monitora o sono com equipamentos eletrônicos, chamado
polissonografia. O tratamento indicado para solucionar o problema, depende da
causa do ronco e diagnóstico médico. Existem aparelhos ortodônticos, cirurgias
e também a terapia.