
Em entrevista ao Fantástico, exibida neste domingo (11), o tio de Marcelo Pesseghini, irmão do policial da Rota Luís Marcelo Pesseghini, mostrou uma carta feita pelo garoto no Dia dos Pais de 2012. No texto, o garoto diz que ama o pai e o felicita pela data. "Pai, você é o melhor pai do mundo inteiro eu sempre vou te amar, um grande beijo e feliz dia dos pais", diz o bilhete.
De acordo com o tio, o menino tinha o pai como um ídolo, e sempre foi carinhoso com a avó. “A família dele, para o Marcelinho era tudo. Ele amava o pai dele, a mãe. O pai era um super-herói pra ele. A avó ele amava muito porque foi ela quem criou, cuidou dele. Os pais trabalhavam muito.”
O irmão do policial também rechaça que Marcelo tenha cometido tal crime, e se matado horas depois. “Eu acho que ninguém acredita nisso. Ninguém da família, os amigos.” Segundo a polícia, o menino aprendeu a atirar com o pai, e a dirigir com a mãe. O tio, entretanto, nega tais fatos. “É tudo mentira. Meu irmão era uma pessoa muito coertente. E o menino nunca mostrou interesse em nada disso, tanto a dirigir quanto a mexer com armas.”
Carta escrita por Marcelo para o pai em 2012 (Foto: Reprodução/TV Globo)
O sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos, foi assassinado dez horas antes que os outros parentes mortos na Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo, segundo informou o SPTV deste sábado (10), após relato de médicos legistas que trabalham no caso. A Polícia Civil suspeita que o filho do sargento, o adolescente Marcelo Pesseghini, de 13 anos, matou o pai, a mãe, a avó e a tia e na sequência se suicidou entre a noite do dia 4 e a madrugada do dia 5.
A informação sobre quando o sargento foi morto é baseada na análise das manchas de sangue e constará no laudo do Instituto de Criminalística que será entregue à Polícia Civil. O laudo necroscópico das outras vítimas também deverá ser concluído na próxima semana. A Polícia Civil aguarda agora a análise do computador usado pelo adolescente e dos telefones celulares da família.