Parlamentares do partido Novo na Câmara e no Senado
denunciaram ao Tribunal de Contas da União (TCU) a alta de 564% na arrecadação
suspeita do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força
Sindical (SINDNAPI/FS), ligado ao José Ferreira da Silva — o Frei Chico, irmão
do presidente Lula (PT). O Novo pediu que o TCU investigue indícios de
apropriação indevida de recursos públicos pelo sindicato listado entre as
entidades que mais arrecadaram com descontos ilegais de um esquema que sangrou
R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões do INSS.
Cinco deputados e um senador do Novo enviaram ao TCU, nesta
terça (29), a denúncia de que o SINDNAPI é uma das entidades que mais
arrecadaram valores no esquema investigado na Operação Sem Desconto, tendo sua
receita ampliada de R$ 23 milhões para R$ 155 milhões anuais, entre 2020 e
2024.
A representação tem como base dados da Controladoria-Geral
da União (CGU) e do Portal da Transparência, levantados pelos técnicos de
fiscalização do Novo no Congresso. E foi assinada pelos parlamentares do Novo:
deputados federais Marcel van Hattem (RS), Adriana Ventura (SP), Ricardo Salles
(SP), Luiz Lima (RJ), Gilson Marques (SC) e o senador Eduardo Girão (CE).
Os parlamentares do Novo citam possível omissão da Polícia
Federal em investigar o sindicato do parente de Lula, mesmo diante de indícios
de que o SINDNAPI supere a arrecadação de outras entidades envolvidas na
Operação Sem Desconto. “Esse aumento não tem justificativa plausível, e os
indícios de irregularidades são evidentes”, afirmaram os autores da
representação.