O Brasil teve 98 mortes por raios em 2014 -- uma a menos do que em 2013 -- segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (30), foi feito com base em informações fornecidas pela imprensa, Defesa Civil e Ministério da Saúde.
Os estados que apresentaram mais vítimas fatais foram São Paulo (17 mortes), Maranhão (16), Piauí (7), Amazonas e Pará (com 6 mortes cada um).
Segundo o Inpe, São Paulo lidera principalmente em razão de duas tragédias que ocorreram no segundo semestre de 2014. Em 7 de novembro, foram registradas na capital as mortes de três moradores de rua, atingidos simultaneamente por um raio. Em 29 de dezembro, quatro banhistas receberam uma descarga atmosférica em Praia Grande e acabaram morrendo.
O episódio do Litoral Sul de São Paulo foi a segunda maior tragédia documentada provocada diretamente por um raio no Brasil. Ainda de acordo com o instituto, as principais circunstâncias de morte permanecem as mesmas de outros anos. 27% das vítimas estavam em atividades agropecuárias quando foram atingidas pelo raio e 20% estavam dentro de casa. Entre todas as vítimas, 56% viviam na zona rural.
Entre 2010 e 2015, apenas em um ano o número de mortes por raios foi maior do que cem. Já entre 2000 e 2009, em nove anos o número de mortes superou uma centena. Estes números sugerem uma redução nas mortes por raios no Brasil, possivelmente devido ao aumento de informações sobre prevenção, explica Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat