
Ciúmes da mulher, consumo exagerado de bebida alcoólica, uso de drogas ou surto psicótico. A Polícia Civil ainda apura quais foram os motivos que teriam levado o pedreiro Adelmo Rodrigues da Silva, de 46 anos, a esfaquear seis pessoas, matando uma delas, durante a ceia de Natal que passava com a família em Osasco, na Grande São Paulo.
Uma das vítimas foi atingida no peito e morreu, outras cinco foram internadas com gravidade no Hospital Municipal de Osasco e no Pronto-Socorro Osmar Mesquita. O vigilante Erivaldo Teles Morais, de 23 anos, (foto) conhecia os donos do imóvel, era vizinho deles, e tinha ido ao local devolver um prato de comida que recebeu da ceia. Ia desejar ‘feliz natal’, segundo parentes dele. Entre os feridos, estão duas sobrinhas do suspeito de esfaquear as vítimas, o marido de uma delas, a mulher de um sobrinho e um amigo deles. O estado de saúde dos sobreviventes é considerado grave e alguns deles ainda correm risco de morrer, segundo policiais.
O sobrado onde ocorria a festa natalina pertence a uma sobrinha do tio Adelmo e ao marido dela, que acabaram esfaqueados pelo pedreiro. Cerca de dez pessoas estavam no local, entre familiares, crianças e amigos. A ceia era regada a cerveja e churrasco.
Para a costureira Maria Eva Alves de Andrade, de 42 anos, que se identificou como esposa do agressor, o marido ‘surtou’. Outras testemunhas que presenciaram o crime também acham que o homem passou por problemas psicológicos quando protagonizou o esfaqueamento.
“Ele surtou. Teve um surto psicótico. Só tenho essa explicação plausível para tentar entender o que aconteceu. Sempre foi calmo, nunca teve passagens pela polícia e estávamos passando a ceia na casa de parentes dele, de quem sempre gostou. Tinha bebido um pouco, é verdade, mas acho que não foi o álcool. De repente, sem dizer nada, pegou a faca que estava na churrasqueira e começou a esfaquear quem via pela frente. Foi Deus quem me salvou. Senão ele teria me esfaqueado também”, disse Maria de Andrade.