Sob o comando do delegado Inácio Rodrigues, a equipe da DP de Pau dos Ferros, investigou a organização de traficantes interestaduais de drogas por dois meses e meio. Nesse período, verificou-se que detentos dos regimes semi-aberto e fechado do presídio local comandavam uma rede de distribuição de drogas na Região. O grupo recebia crack e maconha da organização comandada pelo cearense Olívio Bezerra de Queiroz, o “Barão” do tráfico da região do Jaguaribe. Detectou-se nas vigilâncias, que o “Barão” recebia a droga de caminhoneiros vindos de São Paulo e, depois, fazia a distribuição no Ceará e RN.
Em terras potiguares, a droga era destinada principalmente ao presidiário Joseílson Malvino da Silveira, o “Bebé do Lanche”. O detento, segundo as investigações, articula de dentro do Complexo Penal de Pau dos Ferros a compra e venda de drogas, sendo ajudado pela esposa, irmã e amigos. Quem estava preso contava com a colaboração de parentes. Os familiares acabam se envolvendo no comércio ilegal de drogas em decorrência da prisão do “dono da boca”. “Normalmente o chefe da família é preso e continua vendendo drogas com a colaboração da mulher. Isso envolve a família inteira. Temos um caso em que o traficante está preso, mas envolveu os pais, a mulher e um sobrinho”, disse um dos investigadores.
Segundo a investigação, a rede criminosa de “Bebé do lanche” funcionava da seguinte forma: A droga advinda do Ceará é guardada no interior da residência dos pais dele e nas moradias de dois amigos. A mulher dele é responsável por cobranças e depósitos bancários na conta do traficante cearense “Barão”. Outro comparsa seria “testa de ferro” responsável por guardar dinheiro do tráfico e pelo transporte. Ou seja, a organização era compartimentada em células, cada uma com uma função definida.
Diante da confirmação, a polícia solicitou e a Justiça autorizou o seqüestro de bens e imóveis de “Bebe do Lanche”. Foram seqüestrados um imóvel no bairro de Alto São Geraldo, em Pau dos Ferros, e uma motocicleta. Foram bloqueados ainda os valores de duas contas correntes do Banco do Brasil e uma do Bradesco, todas do “Barão” do tráfico. A investigação que resultou na Operação Stone contou com apoio do Serviço de Inteligência e de outras unidades da Polícia Civil do RN e da polícia do Ceará.
Fonte: Degepol.
