21 de setembro de 2009

FILHO DO POETA OTHONIEL MENEZES LAMENTA DESCASO COM O VELHO SOBRADO DE JARDIM DO SERIDÓ


Como não poderia ser diferente, o filho do poeta Othoniel Menezes de Melo, Laélio Ferreira de Melo, enviou um e-mail para nosso blog, repudiando a falta de respeito pelo sobrado, onde seu pai estudou e morou, e que hoje teve suas características escandalizadas pela atual gestão pública. O teor do e-mail abaixo postado na íntegra dispensa qualquer comentário de nossa parte.


Meu caro blogueiro Paulinho:

Saúde e Paz!

Um dos mais bonitos sobrados da região do Seridó, inclusive tombado pelo poder público, ERA, sem dúvida, o velho edifício que hoje abriga a Secretaria de Educação do Município de Jardim do Seridó.
Infelizmente - tive o desprazer de constatar, pessoalmente, há poucos dias, de passagem pela Cidade -, foi o imponente prédio totalmente descaracterizado. Pespegaram-lhe, na fachada principal, um verdadeiro "festival" de cores berrantes, carnavalizando a aparência do vetusto prédio, numa demonstração de profundo e aberrante mau-gosto dos gestores municipais.
Onde estão os vereadores, os cidadãos, o Ministério Público da velha e respeitada Conceição dos Azevedos que não reagiram a essa grave falha?
Mesmo não sendo jardinense, daqui ergo o meu grito de revolta pela descaracterização do edifício. Com o sobrado, tenho, sim, afinidades sentimentais, sobre ele conheço velhas histórias. O meu pai, o poeta Othoniel Menezes de Melo - que não tem sequer um nome de rua na cidade -, escreveu o seu mais importante livro, "Sertão de Espinho e de Flor" baseado nas lembranças da Jardim da sua infância e adolescência, quando morou no velho sobrado e aprendeu as primeiras letras com o consagrado mestre Jesuíno de Azevedo.
Era, o velho sobrado, no seu andar térreo, sede da Mesa de Rendas e da Delegacia de Polícia, repartições do Estado sob a administração do meu avô, Capitão (da Guarda Nacional) João Felismino (Ribeiro Dantas) de Melo. Morava a família desse chefe político, representante do Governador Pedro Velho, no primeiro andar. De uma das sacadas do sobrado, precipitou-se ao solo, depois de, enlouquecida, atear fogo às vestes, a minha avó, Dona Maria Clementina de Menezes Melo - que foi sepultada no cemitério do município.
O Capitão João Felismino, cerca de um depois da morte da sua primeira esposa, casaria com uma moça de importante família de Jardim, Celsa Bezerra Fernandes.
Como bem notará, meu caro Paulinho, tenho razões mais do que provadas para reclamar!

Atenciosamente,

Laélio Ferreira de Melo



6 comentários:

  1. Meu caro Laércio, sou uma jardinense por adorção desta linda e aconchegante cidade de outrora, como você disse, e tive o mesmo sentimento que você quando ví o imponente prédio parecendo mesmo um rasga-boca como foi apelidado. Mas fazer o que nesta ditadura que estamos vivendo? Isto é o perfil dos gestores. Estas são as cores que vemos nas paradas gay.

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  2. É uma pena Jardim ter sua história manchada por uma ditadura. Pior! Um dos que se dizia um grande conhecedor como um certo historiador D.G deu uma desculpa sem lógica, por essa berração ao patrimonio público municipal. Entro em depressão qdo chego em Jardim, mas tenho ir ver os meus irmãos, sobrinhos que lá estão. Pessoas passando necessidade, precisando de emprego, remédios de preservar nopssa história e nem isso estamos tendo direito.

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  3. Sr. Laercio, estas são as grandes idéias do Secretário de cultura de nossa Terra, Veja a que ponto chegou nossa CULTURA, mas fazer o que? ele é quem manda, dá as ordens para as pessoas serem demitidas, grita seus colegas de trabalho, para concluir, MANDA E DESMANDA, afinal estas cores tem tudo a ver com sua personalidade, Jardinense com vergonha da nossa terra.

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  4. Presto minha solidariedade ao senhor Laércio, pelo crime que fizeram no antigo sobrado de Jardim do Seridó. Lamento profundamente que os secretários-prefeito incompetentes mantenham tamanho absurdo. Considero uma falta de respeito aos Jardinenses, mesmo os que morando fora da cidade amam este lugar.

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  5. ALGUNS USAM O PODER PARA LEVANTAR SUA "BANDEIRA". ESSA É A DO PADRE E DO ENTÃO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO E CULTURA.

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  6. Não entendi o comentário do amigo. a) Francisco de Cális o amigo Serelepe!

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