O procurador-geral do Estado (PGE), Miguel Josino Neto, 48 anos, teve a morte cerebral atestada pelo boletim médico divulgado pelo Hospital do Coração, às 13h30 desta segunda-feira (19). Em nota, a equipe médica que o atendeu afirma que ele sofreu um dano irreversível. Familiares afirmam que os órgãos do advogado serão doados.
O documento informa ainda que o procurador deu entrada ao hospital às 17h50 deste domingo (18) e foi diretamente encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O quadro era de traumatismo cranioencefálico.
Miguel Josino foi atendido pelos neurocirurgiões Eduardo Ernesto, Nilson Pinheiro Júnior, além de Gutemberg Gurgel, Ana Cláudia Solano e Madson Vidal. Segundo a nota, “a equipe, apesar de toda assistência dada ao paciente, constatou dano cerebral irreversível”. O boletim diz ainda que os exames feitos nesta manhã reafirmaram o diagnóstico inicial de morte encefálica. O documento foi assinado pelos neurocirurgiões que o atenderam, bem como pelo chefe da UTI, Marcel Delafiori Hikiji.
Em entrevista coletiva dada no início desta tarde, no Hospital do Coração, o neurologista Nilson Pinheiro Júnior revelou que o diagnóstico foi confirmado após a realização de três exames. Tais procedimentos visavam, entre verificar a passagem de sangue para o cérebro de Miguel Josino e as possíveis reações neurológicas. Contudo, não foi notada qualquer atividade neurológica básica aos estímulos feitos.
Miguel Josino sofreu politraumatismo após a queda com fraturas no crânio, tórax, coluna, e osso occipital do cérebro. A equipe médica informou que seguiu todos os procedimentos médicos que o caso exigiu, com a realização dos três exames que constataram a ausência total de respostas aos estímulos e a parada total da atividade cerebral.
Com a confirmação do quadro irreversível, os irmãos do procurador, Sebastião Leite Filho e Daniel Leite, informaram que a central de doações de órgãos já foi acionada e terá de seis a 24 horas para fazer o procedimento.
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