O presidente Jair
Bolsonaro chamou neste sábado (9) de "canalha" e
"presidiário" o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na
sexta-feira (8) deixou a
prisão em Curitiba, após 580 dias.
À noite, após discurso de Lula em São Bernardo do Campo (SP) no qual foi
citado, o presidente afirmou que não responderá a "criminosos que por ora
estão soltos".
Em discurso no início
da tarde durante um ato em São Bernardo, Lula disse
que Bolsonaro foi eleito para "governar para o povo" e não para
"os milicianos do Rio de Janeiro".
Em resposta, Bolsonaro
publicou em uma rede social, sem citar Lula:
"Não
responderei a criminosos que por ora estão soltos. Meu partido é o
Brasil!".
Pela manhã, na mesma rede social, Bolsonaro havia
publicado uma mensagem na qual chamou o ex-presidente de "canalha",
embora não o tenha mencionado nominalmente.
"Amantes da liberdade e do bem, somos a
maioria. Não podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor
tropa, se torna num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos.
Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de
culpa" escreveu.
Mais tarde, ao deixar o Palácio da Alvorada para
participar de um almoço no Clube Pandiá Calógeras, no Setor Militar Urbano, em
Brasília, foi indagado por repórteres a respeito da libertação de Lula.
Respondeu que não vai "contemporizar com presidiário".
"A grande maioria do povo brasileiro é
honesto, trabalhador e nós não vamos dar espaço nem contemporizar com
presidiário. Tá solto, mas continua com todos os crimes dele nas costas",
afirmou.
Condenado em duas instâncias no caso do tríplex no
Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato, Lula cumpria
pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias.
Fonte: G1.
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