O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva decidiu não deixar a prisão, em Curitiba, nesta
quarta-feira (30), para encontrar familiares em uma unidade militar, após a
morte de um de seus irmãos. Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, morreu de
câncer na manhã de terça-feira (29), aos 79 anos.
"Na verdade, a
decisão foi absolutamente inócua. A decisão foi proferida quando o corpo já
estava baixando a sepultura, o enterro já estava acontecendo. Então, nesse
sentido, a decisão não tem mesmo como ser cumprida", disse o advogado de
Lula Manoel Caetano Ferreira.
Ele concedeu entrevista
na tarde desta quarta em frente à Superintendência da Polícia Federal (PF),
onde Lula está preso desde 7 de abril de 2018. Segundo o advogado, o
ex-presidente também não concordou em se reunir com a família no local indicado
na decisão.
"Seria
um vexame, seria um desrespeito com a família que ele fosse se encontrar com a
família num momento como esse em um quartel", afirmou o advogado.
Ferreira disse ainda que Lula já se encontra com
familiares todas as quintas-feiras, dia de visitas. Ainda conforme o advogado,
Vavá era um irmão com quem Lula tinha fortes vínculos afetivos.
“Ele sentiu muito a morte do irmão, e sentiu mais
ainda não poder se despedir do irmão e se encontrar com a família nesse momento
de muita tristeza”, disse Ferreira.
A saída do ex-presidente foi
autorizada no início da tarde pelo presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Dias Toffoli, de plantão no recesso do Judiciário. O corpo de
Vavá foi enterrado às 13h em São Bernardo do Campo (SP).
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