Um animal muito comum no Nordeste brasileiro está no centro de uma polêmica. O abate do jumento tem sido criticado por entidades defensoras dos animais e de ambientalistas.
Tradicionalmente usados para transporte nas zonas rurais, os jumentos perderam lugar para as motos e começaram a ser abandonados por seus donos, mas a partir de 2016, voltaram a ganhar destaque depois que o couro virou produto de exportação para países asiáticos.
Na Bahia, três frigoríficos passaram a se dedicar ao abate - prática condenada por grupos de defesa dos direitos dos animais, que conseguiram em 2018 uma liminar na justiça baiana proibindo, alegando risco de extinção da raça.
Em 2019, o governo federal e o município baiano de Amargosa conseguiram derrubar no Tribunal Regional Federal a liminar que proibia o abate. De lá para cá, vieram outras liminares, mas o que vale hoje é baseado numa decisão da União Federal, que permite a prática em todo território baiano.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária avalia que o risco de extinção da raça não está na comercialização do jumento, mas na falta de uma cadeia produtiva.
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