Proposta pelo deputado estadual Coronel Azevedo (PSC), a audiência pública realizada nesta segunda-feira (13) para tratar a respeito da prisão do presidente nacional do PTB, ex-deputado federal Roberto Jefferson, mobilizou representantes da área jurídica, partidos políticos e da sociedade civil com objetivo de discutir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na opinião do Coronel Azevedo, trazer
este debate à Casa do Povo é muito importante para que isso seja
analisado e esclarecido para a sociedade. Ele comentou das “narrativas
criativas usadas para fazer o impensável por algumas pessoas que
integram o judiciário. É o que chamam de militância judicial”.
Ex-deputada
federal e filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil participou da
audiência pública e criticou que “os direitos são tomados por pessoas
que juraram defendê-los [em referência aos integrantes do judiciário].
Você pode criticar, mas ele tem o direito de dizer o que pensa. Meu pai
não vai ser calado”, frisou.
Ainda segundo ela, o ministro
Alexandre de Moraes, do STF, “não pode sair impune”. Cristiane Brasil
mostrou preocupação com o pai e alertou que ele tem saúde fragilizada.
“Não sei o que vai acontecer”, comentou.
Participante da
audiência, o advogado Paulo Lopo Saraiva se colocou à disposição para
defender o ex-deputado federal. “Quero ajudar na defesa de Roberto
Jefferson. Temos que bater na derradeira porta”, disse.
Coronel
Azevedo afirmou que “a prisão de Roberto Jefferson é um absurdo” e
lembrou que no 7 de setembro aconteceu a “maior manifestação popular em
defesa da liberdade e em apoio de um presidente da República”.
Para
o deputado federal General Girão, há uma insatisfação total contra a
existência de presos políticos no Brasil. “Temos que ter liberdade, que é
o princípio básico da democracia”, declarou.
Já o deputado
estadual Coronel Feitosa (PSC), de Pernambuco, questionou o que motivou a
prisão do presidente nacional do PTB por parte do Supremo e alertou
para o perigo que decisões como essa podem ser repercutidas em outros
estados brasileiros.
Durante a audiência pública, o procurador da
República aposentado Edilson França fez duras críticas. "Estamos
silentes demais. Nós ficamos muito submissos ao STF. O Ministério
Público está com funções limitadas”, disse.
A fala do procurador
foi corroborada pelo presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)
em Pernambuco, Coronel Meira. “O Brasil está refém da ditadura da toga”,
assegurou.
À frente da presidência do PTB no RN, Getúlio
Batista, ressaltou a defesa pela liberdade de Roberto Jefferson. “Essa é
a minha bandeira”, disse.
O ex-vereador Cícero Martins alertou que o que tem sido feito pela Suprema Corte são “atos ilegais e imorais”.
Exilado
no México, o jornalista Oswaldo Eustáquio relatou que está fora do país
após prisões decretadas pelo ministro Alexandre de Moraes. “Minha
missão é revelar ao mundo que, no Brasil, existem 13 presos políticos”,
assegurou.
Ainda em sua fala, Eustáquio afirmou que Roberto
Jefferson “hoje é um mártir” e classificou as decisões do Supremo
Tribunal Federal como “atos ditatoriais”.
O jornalista acredita
que, nos próximos 15 dias, saia a liberdade de Roberto Jefferson, do
deputado federal Daniel Silveira, e o Habeas Corpus de Zé Trovão. “Todos
vamos celebrar a liberdade de toda uma nação, de expressão de toda uma
nação”, comentou.
O advogado e jornalista Júnior Melo, do site
Terra Brasil Notícias, afirmou que, depois do presidente Bolsonaro
chegar à Presidência, “não existe mais propinagem no Brasil”.
Também
participaram da audiência pública a advogada Lenice Moura; o cantor e
compositor Emerson Rui, conhecido como Mito Show; o pastor Rubens; e a
advogada Luciana Monteiro.
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