Em encontro na Casa
Branca com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, afirmou nesta terça-feira (19) que apoia o ingresso do Brasil na
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A declaração foi dada à
imprensa durante reunião entre os dois presidentes, em Washington. Bolsonaro
chegou à Casa Branca às 13h04 e foi recebido logo na entrada do prédio por
Trump.
Mais cedo, o presidente
brasileiro se reuniu com o secretário-geral
da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
"Eu estou apoiando
os esforços deles [brasileiros] para entrar [na OCDE]", disse Trump, ao
lado de Bolsonaro. Ele não deu mais detalhes sobre o assunto.
A OCDE atua como uma
organização para cooperação e discussão de políticas públicas e econômicas que
devem guiar os países que dela fazem parte. Para entrar no acordo, são
necessárias a implementação de uma série de medidas econômicas liberais, como o
controle inflacionário e fiscal.
Mais cedo, de acordo
com a agência Reuters, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os
Estados Unidos querem que o Brasil deixe a lista de países de tratamento
especial e diferenciado da Organização Mundial do Comércio (OMC) em troca do
apoio norte-americano à entrada brasileira na OCDE.
A lista de países de
tratamento especial e diferenciado da OMC, em que os países se autodenominam,
dá vantagens especiais como mais tempo para cumprir acordos e outras
flexibilidades.
De acordo com a Reuters,
o governo norte-americano, contrário à lista, quer terminar com o modelo, do
qual o Brasil participa até hoje, e quer ajuda do governo brasileiro.
Questionado sobre o que
esperava que Bolsonaro levasse como resultado da visita aos Estados Unidos, Trump
afirmou que o país tem "muitas coisas" que o Brasil gostaria, como o
comércio.
"Estamos
trabalhando nessas coisas. Um dos aspectos é o comércio. O Brasil fabrica
ótimos produtos e nós produzimos ótimos produtos. No passado, nosso comércio
nunca foi tão bom quanto deveria ser. Em alguns casos, deveria ser muito mais.
Então achamos que nosso comércio com o Brasil aumentará substancialmente em
ambos os sentidos e estamos ansiosos para isso", afirmou Trump.
No encontro, os
presidentes trocaram camisas das seleções de futebol do Brasil e dos Estados
Unidos e citaram a admiração mútua pelo ex-jogador Pelé, considerado o rei do
futebol.
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