Imóveis do programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida" foram condenadas pela Defesa Civil de Catende, na Mata Sul de Pernambuco. Na quadra 5 do condomínio residencial Alto da Jaqueira, as residências apresentam problemas estruturais: rachaduras nas paredes e calçadas, portas cedendo e piso desnivelado. Pelo menos 12 casas já estão comprometidas por "erro de engenharia", segundo a Defesa Civil.
O conjunto habitacional tem 983 casas - a obra, entregue há quase dois anos, foi orçada em R$ 41 milhões. Por meio de nota, a Caixa Econômica Federal informou que não pode apontar culpados e que medidas serão tomadas depois da análise de documentos. O banco afirmou que no residencial há 41 unidades invadidas e que estão sob processo judicial de reintegração de posse.
A Defesa Civil do município orientou os moradores da quadra 5 a deixarem os imóveis. O relatório do órgão aponta que as casas foram construídas em cima de um aterro.
O coordenador da Defesa Civil municipal, Paulo Ricardo Lins, disse que "o resultado da análise que foi feito juntamente com a Codecipe [Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco]. Após o levantamento de áreas de riscos, que fazemos periodicamente, foi constatado que a quadra 5 está totalmente comprometida por má compactação do solo. Foi erro de engenharia mesmo".
Segundo ele, o solo da quadra está cedendo. "Ela está movimentando o solo, encharcando com as fortes chuvas e colocando os moradores em situação de risco. Já foi feita a documentação necessária, administrativamente por parte do município e do estado e enviado para a Caixa". Ricardo Lins afirmou que as rachaduras são cada vez mais visíveis e que não há local para alocar as pessoas.
A Caixa Econômica Federal informou também que notificou a prefeitura de Catende, a construtora responsável pela obra e a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) entre os dias 18 e 20 de abril, para que apresentem as manifestações sobre os relatórios.
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