13 de janeiro de 2016

EX-DIRETOR DA PETROBRAS É CONDENADO A 4 ANOS DE PRISÃO POR FRAUDE EM LICITAÇÃO

O ex diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, preso na 15ª fase da Operação Lava Jato, chega ao IML de Curitiba para exame de corpo delito. Zelada é suspeito de ser beneficiário da corrupção na Petrobras (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)

A 27ª Vara Criminal do Rio condenou o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada e o ex-empregado da empresa João Augusto Rezende Henriques a quatro anos de prisão em regime semi-aberto por fraude em uma licitação em que a vencedora foi a Odebrecht, causando um prejuízo de milhões de dólares à estatal, como informou a GloboNews. Zelada e Henriques estão presos em Curitiba, por outros crimes da Operação Lava Jato.
 
A sentença foi publicada na segunda-feira (11), de acordo com a assessoria de imprensa da Justiça do Rio. Segundo a decisão, Zelada também terá que pagar multa de US$ 16,5 milhões de dólares (cerca de R$ 66,75 milhões), 2% do valor do contrato entre a Petrobras e a Odebrecht, de US$ 825,6 milhões (R$ 3,34 bilhões), para a execução do Plano de Ação de Certificação em Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Área Internacional da Petrobras.
 
Segundo a Justiça do Rio, também foram condenados no processo os engenheiros da Petrobras Aluísio Teles Ferreira Filho, Alexandre Penna Rodrigues e Sócrates José Fernandes Marques da Silva; o advogado da companhia, Venâncio Pessoa Igrejas Lopes Filho; o técnico de inspeção de equipamentos, transferido da Transpetro para a Petrobras exclusivamente para tomar parte na licitação, Ulisses Sobral Calile; e Rodrigo Zambrotti Pinaud.
 
De acordo com a investigação do Ministério Público do Rio, em 2009 a área técnica da Petrobras sugeriu a contratação de duas consultorias para avaliar passivos ambientais da empresa no exterior, com o valor sugerido de US$ 6 milhões (R$ 24,2 milhões). Zelada, no entanto, teria decidido contratar uma única empresa. Para isso, criou uma comissão de licitação viciada, segundo a denúncia.
O advogado de Jorge Zelada, Renato de Moraes, disse que a defesa está "inconformada" com a decisão e pretende recorrer da sentença para fins de absolvição. O recurso só poderá ser interposto quando o a Justiça do Rio retomar as atividades, em 21 de janeiro.
 
Jorge Luiz Zelada ainda responde por outros crimes na investigação da Lava Jato. Em agosto, o juiz federal Sergio Moro aceitou denúncia contra Zelada e mais cinco acusados. O ex-diretor da Petrobras responde por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas.

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