A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) chamou o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), de “mentiroso compulsivo” por gravar um vídeo desdenhoso para tentar desmentir a ausência de uma ponte que a esposa de Jair Bolsonaro (PL) denunciou e cobrou sua construção, para substituir uma balsa entre os municípios de Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves, sobre o Rio Juruá, no Acre.
Por meio de nota da assessoria de comunicação do PL Mulher, presidido pela ex-primeira-dama, Michelle tratou Renan Filho como “ministro sem relevância” que não mereceria uma resposta direta sua. E o acusou de usar “habilidades ludibriantes” para tentar “fazer o cidadão acreditar que não viu o que viu” no vídeo em que ela mostrou claramente a existência de balsas com carros e pessoas a bordo, atravessando o Rio Juruá, por causa da ausência da ponte no local em que Michelle esteve com o senador Márcio Bittar (União-AC).
“A atitude do ministro não nos surpreende, pois a sua contumaz desonestidade intelectual e o hábito de fazer malabarismo para transformar mentiras em verdades (e vice-versa) são conhecidas por todas as pessoas atentas às suas ações. Em outras palavras, ele queria fazer o cidadão acreditar que não viu o que viu no vídeo. Mas esse tempo de coronelismo que ele está acostumado, acabou. O povo sabe reconhecer um mentiroso compulsivo”, diz o trecho mais incisivo da nota em defesa de Michelle.
Renan Filho havia sugerido que Michelle não sabia da existência da Ponte da União, no trecho da BR-307 sobre mesmo rio, em Cruzeiro do Sul. Mas o que a ex-primeira-dama cobrava era uma nova obra na BR-364, cerca de 11,5 km de distância, onde há a balsa onde esteve a presidente nacional do PL Mulher. Para chegar a Rodrigues Alves, quem está em Cruzeiro do Sul precisa contornar pela rodovia AC-405 se não for usar a balsa, ampliando a distância para 44 km entre os municípios.
“Em nenhum momento foi dito que não existia uma outra ponte. Ocorre que ela não atende as necessidades do povo pois fica muito distante daquele local das imagens. Se o referido ministro se preocupasse com o povo, deixasse o seu conforto e regalias, e já tivesse ido até lá, saberia disso”, diz a nota da assessoria do PL Mulher.
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