12 de março de 2021

TERCEIRA MULHER DENUNCIA MÉDIUM “PAULINHO DE DEUS” POR ESTUPRO E AMEAÇAS

Uma terceira denúncia contra o médium Paulo Roberto Reveroni, mais conhecido como Paulinho de Deus, foi registrada na delegacia de Catanduva (SP) por abusos sexuais e ameaças, segundo informou a Polícia Civil. A data do registro não foi divulgada.

 

Paulo foi preso suspeito de estupro de vulnerável na última quinta-feira (04), por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Catanduva.

 

A primeira denúncia contra o médium foi feita pela ex-enteada, que alegou que tinha sido vítima de estupro por 22 anos. A segunda foi da filha adotiva, que contou que sofreu abusos na infância. Já a terceira é de uma mulher que frequentava o Centro Espírita Paulo de Tarso, coordenado pelo suspeito.

 

Em entrevista, ela contou que começou a ser abusada por Paulo quando tinha apenas 8 anos.

 

“Ele me falou que precisaria me dar um passe. Foi aí que tudo começou. Entrei na sala, e ele começou a dar o passe normal. Mas depois de um tempo, começou a pegar nos meus seios e a passar a mão. Quando abri os olhos, ele estava com o pênis para fora”, desabafa a jovem, que prefere ter a identidade preservada.

 

“Fiquei muito nervosa, saí chorando e falei não voltaria. Minha mãe e meu pai não entendiam o motivo. Achavam que era birra de criança. Até comentei com uma amiga minha que, hoje, é minha testemunha. Ela era criança e disse que ficou sem reação. Afinal, era o tio Paulo que estava fazendo aquilo”, complementa.

 

Para que ninguém descobrisse os abusos sexuais e psicológicos, a jovem relata que Paulo ameaçava matar o pai e a mãe dela.

 

“Sempre fiquei quieta. Até que as ameaças foram piorando. E assim foram quatro anos da minha vida. Ele acabou com minha infância. Isso aconteceu dos 8 aos 11 anos. Fiquei revoltada e comecei a ir em um psicólogo”, conta.

 

Além das ameaças que a impediam de denunciar o caso, a vítima afirma que o médium era uma pessoa influente em Catanduva, pois realizava projetos sociais e ajudava pessoas necessitadas. 

 

“Ele dizia que não adiantaria contar, porque eu era uma criança, e ele o coordenador da Associação. Realmente, me sentia um grão de feijão no meio do mar, porque ele era o Paulo. Quem iria acreditar em uma menina de 8 anos que foi abusada dentro do Centro?”, questiona. 

 

Os anos de abusos fizeram com que a vítima precisasse de apoio psicológico e psiquiátrico para tentar superar os traumas. 

 

“Isso acabou com minha vida, literalmente. Não me lembro de ter uma infância feliz. Lembro de ter muito medo de topar com ele na rua. Fiquei um bom tempo sem ter vida social. Achei que nunca mais seria feliz”, afirma. 

 

Fonte: G1/TV TEM.

 

 

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