O
presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (12) que o país precisa ser
informado sobre o que “realmente acontece”, sem pânico. Sem citar diretamente o
isolamento social praticado em vários estados brasileiros, assim como em todo o
mundo, em virtude da pandemia de Covid-19, Bolsonaro disse que as pessoas
precisam de liberdade.
“Precisamos cada vez mais de liberdade. O país
precisa ser informado do que realmente está acontecendo. E não através do
pânico, mas através de mensagens de paz, de conforto, [para] cada um se
preparar para a realidade”. Sua fala ocorreu na abertura de uma
videoconferência com representantes católicos e evangélicos com o objetivo de
celebrar a Páscoa. Essa celebração foi transmitida ao vivo pelas redes sociais
do Planalto e do próprio Bolsonaro.
O presidente é um defensor do fim do isolamento
imposto à sociedade para evitar que a Covid-19, altamente contagiosa, se
espalhe ainda mais pelo país. O vírus já matou no Brasil, de acordo com o
último balanço do Ministério da Saúde, 1.124 pessoas. Quase 21 mil pessoas
estão infectadas.
Bolsonaro tem manifestado preocupação com os
prejuízos econômicos que vêm junto com o isolamento social,
uma vez que grande parte do comércio está fechada. Setores como o turístico e
de restaurantes, dentre outros, já registram perdas
significativas. Para combater a recessão, o presidente defende o chamado
“isolamento vertical”. Nele, apenas os grupos de risco ficariam isolados em
casa. Ou seja, idosos e doentes crônicos ficaram em casa, enquanto jovens e
adultos saudáveis sairiam de casa para trabalhar normalmente.
Bolsonaro começou sua fala afirmando que o Brasil é
“o país mais cristão do mundo”, disse que vivemos um momento difícil, sem citar
o diretamente o novo coronavírus. Em seguida, acrescentou que só Deus tem a
cura. “Vivemos um momento difícil. Sabemos quem pode nos curar [nesse momento,
Bolsonaro aponta para cima]. Deus sempre acima de tudo. Nós aqui na Terra temos
que fazer a nossa parte.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário