O Vaticano emitiu, nesta
segunda-feira (17), um documento que recomenda à Igreja Católica que considere
ordenar homens mais velhos, casados e que tenham famílias constituídas, como
padres em regiões remotas da Amazônia. A medida se aplicaria àqueles que
tiverem, de preferência, ascendência indígena.
O documento também pede que seja identificado algum
tipo de ministério oficial que possa ser conferido às mulheres.
Segundo agências internacionais, o documento é a
menção mais direta em um documento do Vaticano à possibilidade de que homens
casados possam ser padres. Hoje, eles podem exercer a função de diáconos — o
diaconato é um dos ministérios da Igreja.
"Afirmando
que o celibato é uma dádiva para a Igreja, pede-se que, para as áreas mais
remotas da região, se estude a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas
idosas, de preferência indígenas, respeitadas e reconhecidas por sua
comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável, com a
finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida
cristã", diz o documento.
O Papa Francisco afirmou, em entrevista
ao jornal alemão "Die Zeit" há cerca de dois anos, que era
preciso "refletir" sobre a possibilidade de ordenar os chamados
"Viri probati", expressão em latim para "homens provados"
que se refere a homens maduros envolvidos na Igreja e casados.
"Também teríamos que definir que tarefas eles
poderiam desempenhar, por exemplo, em comunidades remotas", afirmou
Francisco.
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