O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes e o pastor Silas Malafaia viraram
réus em ação de improbidade administrativa. Segundo a denúncia, a
prefeitura aplicou, sem licitação, R$ 1,6 milhão no evento religioso
Marcha Para Jesus, em 2012.
A decisão, de 10 de janeiro e divulgada nesta quinta-feira (24), é da
juíza Mirela Erbisti, da 3ª Vara de Fazenda Pública do Rio, que recebeu a
acusação feita pelo Ministério Público.
Na decisão, a magistrada aponta que "há indícios suficientes da
participação de cada um dos demandados na prática do ato ímprobo". Paes,
segundo ela, "deveria zelar pelo bom uso do dinheiro público", assim
como o ex-secretário da Casa Civil.
Malafaia, diz a juíza na decisão, "teria se locupletado com o evento,
eis que era presidente e representante legal da Comerj, esta a
beneficiária direta do ato ímprobo". "Promovendo seu nome pessoal e a
associação, concorreu ainda para o gasto aparentemente irregular do
município".
A Marcha Para Jesus é um evento internacional que mistura fiéis de
diversas religiões evengélicas, em festa comandada por trios elétricos
que reúne centena de milhares de pessoas.
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